Quando o assunto é minimizar os efeitos das mudanças climáticas no mundo, é essencial que as empresas entendam o conceito de pegada de carbono e a sua relevância para medir o impacto dos processos organizacionais para o meio ambiente.
A seguir, confira um conteúdo completo sobre esse assunto e de que forma ele se relaciona com o mercado de energia.
Efeito estufa e pegada de carbono: um contexto importante
Infelizmente, a situação mundial não é das melhores quando falamos sobre alterações no clima.
Nos últimos anos, o efeito estufa tem sido amplificado pela alta emissão de gases como dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, que, segundo a NOAA Research, atingiu níveis recordes em 2023.
O CO₂, principal responsável por esse efeito, totalizou uma concentração média de 419,3 partes por milhão (ppm) neste mesmo ano, o que representa um aumento de 50% em relação aos níveis pré-industriais. A queima de combustíveis fósseis continua sendo a maior fonte de emissão desse gás.
Além disso, o metano, embora menos abundante, é muito mais potente a curto prazo, tendo um impacto 28 vezes maior no aquecimento global em um período de 100 anos. E a sua concentração também subiu: 1922,6 partes por bilhão (ppb), com um aumento significativo desde 2020, de acordo com a Our World in Data.
Atualmente, é possível perceber o impacto desses aumentos em eventos climáticos extremos, como ondas de calor, inundações, queimadas e derretimento das calotas polares.
Neste contexto, segundo um relatório do IPCC (Panel on Climate Change, que em português significa Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C exigiria cortes rápidos e substanciais nas emissões dos gases do efeito estufa (GEE) até 2030.
O que é pegada de carbono e quais são seus impactos ambientais?
A partir dos dados levantados no tópico anterior, é possível ver a alta relevância da adoção de ferramentas que contribuam para minimizar os impactos das mudanças climáticas para o nosso planeta.
Entre elas, está a chamada pegada de carbono, número que representa a quantidade total de GEE, principalmente dióxido de carbono, emitidos direta ou indiretamente por uma pessoa, organização, evento ou produto.
Esta métrica pode incluir emissões provenientes de diversas atividades cotidianas, como o uso de energia por residências e empresas, transporte (sobretudo por carros, caminhões e aviões), produção de bens de consumo e geração de resíduos.
Assim, ao medir a pegada de carbono, sobretudo em organizações de médio e grande porte, é possível entender o impacto ambiental que os processos internos estão gerando e planejar ações mais assertivas para reduzi-lo.
Entre elas, podemos citar reciclagem, consumo mais consciente, estratégias para aumentar a eficiência energética e uso de energias limpas.
Em resumo, podemos dizer que a redução da pegada de carbono é algo essencial para mitigar as mudanças climáticas e, portanto, deveria ser uma importante meta para os negócios de todos os setores.
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Como é possível calcular a pegada de carbono?
De forma resumida, calcular a pegada de carbono envolve quantificar as emissões de gases do efeito estufa geradas pelas atividades de um indivíduo ou empreendimento.
No caso das empresas, é preciso seguir várias etapas e incluir a coleta de dados específicos para chegar ao valor final. Normalmente, os principais passos incluem:
- Definição de escopo 1: emissões diretas de fontes que são de propriedade ou controladas pela organização, como veículos da frota e processos industriais;
- Definição do escopo 2: emissões indiretas provenientes da geração de eletricidade, vapor, e aquecimentos e resfriamentos comprados e consumidos;
- Definição do escopo 3: outras emissões indiretas que ocorrem na cadeia de valor, como transportes de mercadorias e descarte de resíduos;
- Coleta de dados sobre o consumo de energia, uso de combustíveis e viagens de negócios, por exemplo, utilizando relatórios de consumo, faturas e outros registros relevantes;
- Conversão dessas informações em emissões, sendo que atualmente existem calculadoras e bancos de dados, como os fornecidos pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) ou pela EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA), que podem ajudar;
- Soma das emissões de cada escopo para obter a pegada total de carbono.
Vale pontuar que, para um cálculo mais preciso, sobretudo para grandes empresas, pode ser interessante contratar consultorias especializadas em sustentabilidade e gerenciamento de carbono.
Quais são as principais estratégias que as empresas podem apostar para reduzir a pegada de carbono?
Diante dos cenários apontados neste artigo, reduzir a pegada de carbono vem sendo uma prioridade cada vez maior para diversos negócios.
Para atingir esse objetivo, é possível adotar uma série de medidas que contribuem, e muito, para que a organização crie uma maior consciência ambiental em toda a sua cadeia de valor.
Entre elas, podemos citar:
- Redução de resíduos, minimizando o desperdício de recursos e promovendo a reciclagem e a reutilização de materiais, além da adoção de estratégias como redução de embalagens, compostagem e eliminação de produtos de uso único;
- Promoção do transporte sustentável, otimizando as rotas de entrega e promovendo o teletrabalho para reduzir a necessidade de deslocamentos entre os funcionários;
- Investimento em projetos de compensação de carbono, como reflorestamento ou iniciativas de energia renovável em países em desenvolvimento;
- Educação e conscientização dos colaboradores, aumentando o envolvimento e a adesão a iniciativas ambientais dentro do meio corporativo;
- Adoção de práticas de design sustentável e incentivo à inovação para reduzir o impacto ao longo do ciclo de vida do produto;
- Colaboração com fornecedores e parceiros comprometidos com práticas sustentáveis, buscando certificaçòes, como a ISO 14001, para garantir que as iniciativas de redução de carbono sejam integradas em toda a cadeia de suprimentos;
- Implementação de sistemas para monitorar e relatar a pegada de carbono, permitindo que a empresa acompanhe seu progresso e identifique setores para adotar melhorias contínuas.
Iniciativas como essas são fundamentais para que os negócios se tornem mais ambientalmente responsáveis e integrem os esforços globais na tentativa de combater o aquecimento global e todas as suas consequências para a vida na Terra.
Pegada de carbono e energia: como esses assuntos se relacionam?
A forma como a energia é gerada e consumida por pessoas e empresas possui um impacto direto na pegada de carbono.
Isso significa que qualquer planejamento para reduzir essa métrica precisa incluir esforços que considerem:
- Melhora da eficiência energética dos processos e operações, o que inclui a atualização de equipamentos, a implementação de sistemas de gerenciamento de energia e a promoção de práticas de economia da energia nos locais de trabalho;
- Uso de fontes renováveis, como solar, eólica ou hidrelétrica, por exemplo, para reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
Reduza a Pegada de Carbono da sua empresa no Mercado Livre de Energia
Portanto, se a sua empresa está envolvida nesta missão de reduzir a pegada de carbono, o melhor caminho atualmente para realizar a transição energética e apostar na energia limpa é migrando para o Mercado Livre de Energia.
Neste ambiente de livre negociação, é possível firmar contratos com os melhores fornecedores para o seu negócio, garantindo economia e sustentabilidade.
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