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Energia limpa: vantagens, panorama e como consumir

Neste artigo você vai ver

O que é energia limpa?

Energia limpa é aquela produzida sem emissão de poluentes e que traz prejuízos mínimos à natureza, causando pouco impacto nos ecossistemas.

Alguns exemplos são a energia solar e a energia eólica.

Qual a importância da energia limpa?

A produção de energia limpa é uma alternativa aos combustíveis fósseis, como petróleo, diesel, gás natural e carvão mineral, que, infelizmente, ainda são utilizados no Brasil para geração de energia. 

Essas fontes trazem malefícios para o meio ambiente e têm lançado toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, contribuindo com o aquecimento global já causado pelo efeito estufa.

O efeito estufa, apesar de ser essencial para a manutenção da vida na Terra, vem se intensificando em ritmo acelerado por causa da interferência humana.

A estimativa do 4º Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas é de que, se o cenário não mudar, a temperatura média do planeta deverá subir até 5,8°C ainda no século XXI.

Diante desse cenário, a adoção de energias limpas surge como uma alternativa, pois, como falamos, essas fontes não emitem gases do efeito estufa e causam poucos impactos ao meio ambiente.

Quais os principais benefícios da energia limpa?

Lendo até aqui, você já deve ter percebido que a energia limpa traz uma série de benefícios para as pessoas e o planeta. Em resumo, eles são:

  • a redução do ritmo do aquecimento global;
  • diminuição da emissão de gases do efeito estufa na atmosfera;
  • menos interferência nos ecossistemas;
  • diversificação da matriz energética dos países;
  • favorecimento da sustentabilidade;
  • economia de recursos para residências e empresas.

A energia limpa tem desvantagens?

Apesar de trazer tantos benefícios, a energia limpa ainda tem algumas desvantagens em relação a outras fontes fósseis. Uma delas é o custo de implementação, que pode ser maior por conta da necessidade da construção de infraestrutura para geração de energia.

Além disso, alguns tipos de energia limpa precisam de espaços amplos e com condições bem específicas, como é o caso da energia eólica. Já em relação à energia hidrelétrica, uma desvantagem é que ela depende do volume de chuvas, algo que não pode ser controlado pelo homem.

Outro desafio é o armazenamento da energia gerada de fontes limpas, cujas opções ainda são escassas.

Quais são as fontes de energia limpa?

As fontes de energia limpa são diversas — algumas já são utilizadas há muitos anos, como a hidrelétrica, e outras começaram a  ser exploradas mais recentemente.

A seguir, você vai conhecer as principais fontes utilizadas e saber um pouco mais sobre elas!

Energia solar

A luz do sol é o recurso mais abundante em todo o planeta e é fundamental para a manutenção da vida na Terra. Mas, além disso, ela também pode ser usada como fonte de energia.

Existem duas tecnologias diferentes para gerar energia limpa tendo o sol como fonte: a fotovoltaica e a heliotérmica.

A fotovoltaica é mais conhecida e utilizada — ela usa placas solares para geração de energia elétrica e térmica. Quando a luz entra em contato com as placas, agita os elétrons e os leva a um campo elétrico, permitindo a geração de eletricidade.

Os sistemas fotovoltaicos não são baratos, mas têm muitas vantagens, sendo as principais delas a economia na conta de luz e o fato de que qualquer pessoa pode adquirir um sistema e usar em sua casa ou empresa.

Em 2020, o governo brasileiro isentou de impostos os equipamentos importados utilizados nesse tipo de sistema, para estimular a utilização de energia limpa no país.

Já o sistema heliotérmico é aquele que tem o objetivo de fornecer calor para o aquecimento, principalmente da água das torneiras e chuveiros. Para isso, são instalados painéis que recebem a luz e a enviam a um receptor, onde ela aquece o líquido.

E o que são as fazendas solares?

As fazendas solares são empreendimentos que estão diretamente relacionados à Geração Distribuída de Energia. Nesses espaços são instaladas placas fotovoltaicas para a produção de energia. 

A diferença entre a produção própria e a produção nas fazendas é que, neste caso, a energia é gerada com o objetivo de ser vendida aos consumidores que não têm estrutura para a geração em seus imóveis.

Energia eólica

A energia eólica é aquela gerada a partir da força do vento, utilizando aerogeradores — aqueles equipamentos enormes que muitas pessoas chamam de catavento. 

Esse tipo de fonte de energia começou a ser utilizado na década de 1970, com a crise do petróleo, que estimulou a busca por outras fontes de energia. 

Hoje em dia, os aerogeradores são colocados em lugares estratégicos, geralmente zonas ventosas e de maior altitude. 

O Brasil tem um grande potencial eólico, principalmente nas regiões nordeste, sudeste e sul. Em 2002, foi criado o programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica no país e, desde então, o setor vem crescendo mais rapidamente — ainda assim, podemos dizer que o aproveitamento do potencial eólico brasileiro ainda é pequeno.

As principais vantagens da energia eólica, além da diminuição da dependência de combustíveis fósseis, são a redução da emissão de dióxido de carbono, a geração de empregos e o fato de os ventos serem inesgotáveis. 

Por outro lado, ela tem também algumas desvantagens, como a poluição sonora e as variações do vento ao longo do ano.

Energia Hidrelétrica

Também chamada de energia hidráulica, a energia hidrelétrica é aquela que aproveita a força das águas para a geração de eletricidade.

Isso é feito em usinas construídas com o objetivo de aproveitar quedas d’água e desníveis em rios, fazendo com que as águas passem por tubulações e, assim, movimentem turbinas.

A energia mecânica gerada com a movimentação das turbinas é transmitida a um gerador de eletricidade.

O Brasil é o país com maior potencial hidrelétrico do mundo e essa é a principal fonte de energia utilizada atualmente por aqui. A primeira usina foi construída em Paulo Afonso, na Bahia, em 1949. Hoje, existem grandes usinas hidrelétricas em território nacional, como a de Belo Monte, no Pará, e a de Itaipu, na fronteira com o Paraguai.

Energia de biomassa

A energia de biomassa é aquela gerada a partir da queima de matérias orgânicas, como lenha, bagaço de cana-de-açúcar, casca de arroz, galhos e folhas de árvores, entre outras.

A grande diferença entre a queima de materiais orgânicos e de combustíveis fósseis é que a energia de biomassa é renovável.

Além disso, ela tem outras vantagens, como o custo reduzido, fácil armazenamento e transporte e a alta capacidade de aproveitamento de subprodutos da pecuária e agricultura.

O Brasil, por ter grandes áreas cultiváveis, tem um grande potencial para a geração de energia de biomassa — hoje, esta é a terceira fonte mais utilizada no país, com participação de cerca de 9%. Ainda assim, há espaço para o crescimento.

Os materiais orgânicos mais utilizados aqui para a geração de energia são o bagaço da cana-de-açúcar, azeite de dendê, buriti, babaçu e andiroba.

Energia geotérmica

A energia geotérmica é aquela que usa o calor do interior da Terra para aquecer ambientes ou gerar eletricidade.

As usinas geotérmicas capturam água em forma de vapor e a enviam para turbinas, que, ao girarem, geram energia elétrica.

Por causa dessas características, a energia geotérmica é utilizada em países que têm reservatórios subterrâneos de água aquecida, por causa do contato com o magma.

Os três países com maior produção de energia geotérmica atualmente são os Estados Unidos, Filipinas e Indonésia.

Energia nuclear

A Energia nuclear é aquela gerada por reações de núcleos de átomos. Normalmente, o elemento usado para essas reações é o urânio, cuja divisão libera grande quantidade de energia.

Uma vantagem desse tipo de energia limpa é que as usinas não precisam de grandes espaços e podem ser instaladas perto de cidades. 

Por outro lado, o risco da operação é alto e pode causar grandes acidentes. os mais conhecidos da história aconteceram em Chernobyl, em 1986, e em Fukushima, em 2011.

Energia maremotriz

A energia maremotriz é gerada pela movimentação de ondas do mar, que move flutuadores que geram energia que será convertida em eletricidade.

As suas principais vantagens é que é uma energia renovável e totalmente limpa, visto que não gera nenhum tipo de impacto ambiental.

Entretanto, os locais propícios para a geração da energia maremotriz são muito específicos, pois é preciso que o desnível das marés alta e baixa seja maior do que 5 metros.

No Brasil, esse tipo de energia limpa é gerado nas regiões norte e nordeste, no Amapá e no Maranhão.

Quais são as fontes de energia que não são consideradas limpas?

Agora que você já conhece as principais fontes de energia limpa, vamos falar rapidamente sobre as fontes poluentes, também chamadas de fontes de energia suja. 

A energia suja é aquela obtida a partir de fontes que poluem a atmosfera e causam impactos negativos ao meio ambiente. Além disso, essas fontes não são renováveis.

Os exemplos mais comuns de fontes de energia suja são o petróleo, gás natural, gasolina, diesel, carvão mineral e carvão vegetal.

A energia limpa no Brasil

Hoje em dia, a principal fonte de energia elétrica no Brasil é a hidráulica, que corresponde a 64% de toda a energia gerada em território nacional. Os dados são do Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2021, divulgado pelo Ministério de Minas e Energia.

Depois da energia hidráulica, as mais utilizadas são o gás natural, biomassa e eólica, com 9% de participação, cada uma. 

Com 2% de participação na matriz energética do país estão as seguintes fontes:

  • solar;
  • nuclear;
  • carvão;
  • e outras.

Por último, com 1%, está a energia obtida através de derivados do petróleo.

Quando falamos de todo o mundo, as fontes de energia mais utilizadas ainda são o carvão e o gás natural, ambas emissoras de gases poluentes. Assim, podemos dizer que o Brasil, apesar de ainda não utilizar todo o seu potencial de energia limpa, se destaca como um país que vem buscando ampliar as formas alternativas de geração de energia.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o país tem 48% de fontes renováveis em sua matriz energética, enquanto o resto do mundo tem apenas 14%.

Entretanto, o Brasil ainda tem uma grande dependência da fonte hidrelétrica, que depende da incidência de chuvas. Por isso, em tempos de secas prolongadas, o fornecimento de energia fica comprometido, tornando a energia hidrelétrica uma fonte menos confiável.

Qual é a diferença entre energia limpa, renovável e sustentável?

A energia limpa, como você já sabe, é aquela que não polui o meio ambiente — ou polui muito menos que as demais —, pois a sua produção não libera gases do efeito estufa na atmosfera. 

Já a energia renovável é aquela que utiliza fontes naturais que podem ser renovadas. Assim, estarão sempre disponíveis e não se esgotam. Alguns exemplos de fontes renováveis são a luz solar e os ventos. 

A energia sustentável, por sua vez, é aquela que utiliza fontes e uma velocidade que a natureza consegue acompanhar fazendo a reposição dos recursos explorados.

A lenha é um exemplo de energia sustentável, mas somente quando utiliza madeiras cultivadas para este fim. Quando não há o manejo adequado das florestas, a geração desse tipo de energia contribui com o desmatamento e, por isso, deixa de ser sustentável.

O mesmo acontece com as usinas hidrelétricas. Apesar da energia hídrica ser considerada limpa, porque a água está sempre sendo reposta pela natureza, as usinas causam impactos severos no meio ambiente quando modificam cursos de rios e causam prejuízos à fauna.

Ou seja, a energia hidrelétrica, apesar de limpa, não é sustentável.

Quais são os impactos da produção hidrelétrica no Brasil?

Como você viu, a energia hidrelétrica, apesar de ser limpa por não emitir gases poluentes, causa alguns impactos ambientais e sociais.

Aqui no Brasil, o principal impacto ambiental é o desmatamento feito para dar lugar a grandes usinas. Outro ponto muito criticado por especialistas e ambientalistas é que os rios perdem grande parte das espécies de peixe quando uma barragem é construída.

Na região da barragem de Tucuruí, na bacia Amazônica, o pescado diminui quase 60% após a instalação da hidrelétrica. Além dos impactos à fauna, esse fato também causa impactos sociais, já que as populações ribeirinhas têm a pesca como uma de suas principais fontes de renda. 

Em Tucuruí, mais de 100 mil pessoas foram afetadas com a falta do pescado.

Ainda falando de impacto social, a usina de Belo Monte em Altamira, no Pará, as pessoas que sofreram impacto com a construção da hidrelétrica não tiveram nenhum tipo de benefício. Não foram gerados empregos, pois a mão-de-obra foi trazida de utras regiões, e o custo da energia elétrica aumentou para a população local — a energia produzida é levada para as regiões sul e sudeste.

Impactos das mudanças climáticas

Além das hidrelétricas causarem impactos ao meio ambiente, o meio ambiente também pode trazer impactos negativos para a geração desse tipo de energia.

Isso acontece porque, como você já sabe, as usinas precisam de um bom volume de chuvas para funcionar. Ou seja, são fortemente impactadas por mudanças climáticas, cada vez mais presentes na realidade do planeta justamente por causa da emissão de gases do efeito estufa liberados por outras fontes de geração de energia e desmatamento.

A estimativa é que as barragens de Jirau e Santo Antônio, também na bacia Amazônica, produzam apenas uma fração da energia que foram programadas para gerar. Isso é consequência da falta de chuvas e da baixa capacidade de armazenamento de água das estruturas.

É por isso que a tendência em países da América do Norte e Europa é desativar usinas hidrelétricas construídas no passado. Nos Estados Unidos, 546 represas foram desativadas entre os anos de 2006 e 2014.

Mercado Livre e energia limpa: como se relacionam?

No Mercado Livre de Energia, os consumidores podem escolher de quem querem comprar a energia elétrica e negociar todas as condições do contrato, como preço, volume e fonte. Entretanto, para poder entrar no Ambiente de Contratação Livre (ACL), é preciso cumprir alguns requisitos relacionados com a demanda de energia de cada empresa — sim, somente empresas negociam no ACL por conta da demanda mínima exigida, muito alta para uma unidade residencial.

Os consumidores do Mercado Livre de Energia são classificados da seguinte forma:

  • consumidores especiais: são aqueles que consomem de 500 kW a 1500 kW;
  • consumidores livres: consomem acima de 1500 kW

Apesar de ambos os consumidores estarem no ACL, os consumidores especiais precisam seguir uma regra que não é imposta aos consumidores livres — só podem contratar fornecedores de energia limpa.

Ou seja, o consumidor especial é livre para negociar volume, preços e empresa fornecedora. Mas, na hora de escolher a fonte da energia, só pode considerar aquelas que não são poluentes. A energia solar, eólica e de biomassa são as opções mais comuns para esse tipo de consumidor.

Já os consumidores livres não têm restrições sobre a fonte da energia, o que quer dizer que são eles quem decidem se contratarão energia limpa ou não.

O estabelecimento desse tipo de regra é uma forma de estimular o uso de energia limpa no Brasil, o que contribui para a diversificação da matriz energética do país — uma mudança sem dúvidas necessária, como você já descobriu lendo o tópico anterior. 

E os esforços vêm funcionando. Hoje, 49% da geração de energia limpa no país é destinada a atender consumidores do Mercado Livre!

Quais são as vantagens de entrar no mercado Livre de Energia?

Além da sustentabilidade, o Mercado Livre de Energia traz outros benefícios para os consumidores:

  • menores custos: não é necessário fazer investimento inicial para negociar no Mercado Livre, que tem tarifas menores do que as praticadas no mercado tradicional;
  • liberdade de escolha: além da fonte, os consumidores podem escolher empresas fornecedoras, negociar preços e volume contratado;
  • maior previsibilidade do orçamento: os valores, por serem definidos em contrato, não oscilam tanto como os do mercado tradicional, que estão sujeitos às bandeiras tarifárias;
  • flexibilidade: no ACL, tudo pode ser negociado no momento da contratação, diferentemente do que acontece no mercado tradicional, onde as mesmas regras são impostas para todos os consumidores.

Conte com a Clarke para entrar no Mercado Livre de Energia

Aqui na Clarke, nós ajudamos empresas a entrarem no Mercado Livre 4 de Energia e economizar com a conta de luz. Mesmo que você não tenha o consumo mínimo de 500 kW, nós podemos te ajudar — você só precisa ter contas de luz acima de R$ 10 mil.

No nosso simulador, você vai descobrir quanto pode economizar entrando para o Mercado Livre e, se quiser saber mais sobre essa possibilidade e tirar as suas dúvidas sobre o tema, é só entrar em contato conosco!

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