Nos últimos anos, o termo ESG se tornou central nas estratégias de empresas que buscam não apenas o lucro, mas também relevância e responsabilidade, além de uma boa imagem perante o mercado. E, ao mesmo tempo, a eficiência energética passou a ser uma das práticas mais concretas para colocar o “E”, de “Enviromental”, em ação. Mas qual é exatamente a relação entre ESG e eficiência energética?
A verdade é que essa conexão vai além da redução na conta de luz. Ela é sobre repensar o uso de recursos, diminuir impactos ambientais e, ainda, ganhar competitividade em um cenário onde investidores, consumidores e órgãos reguladores estão cada vez mais atentos às práticas corporativas.
Ou seja, ESG e eficiência energética caminham lado a lado como pilares de uma gestão moderna, estratégica e responsável.
A interseção entre ESG e eficiência energética
Quando falamos sobre ESG, estamos nos referindo a três grandes pilares: ambiental, social e de governança. Dentro do pilar ambiental, a eficiência energética se destaca como uma prática essencial, já que reduz o consumo de energia, diminui a emissão de gases do efeito estufa e contribui para o uso mais racional de recursos naturais.
Ao adotar medidas de eficiência energética, a empresa não só reduz os seus custos, como também diminui a sua pegada de carbono. E isso é fundamental para as organizações que desejam estar em conformidade com metas de sustentabilidade e acordos climáticos internacionais, como é o caso do Acordo de Paris.
Outro ponto importante é que as ações de eficiência energética são altamente valorizadas em relatórios de sustentabilidade. Esses relatórios, cada vez mais exigidos por investidores, ganham credibilidade quando trazem dados concretos de redução de consumo, emissões evitadas e metas alcançadas. Além disso, contribuem para a reputação do negócio, mostrando que a empresa está comprometida com resultados reais, e não somente com discursos de marketing.
Eficiência Energética no contexto do Mercado Livre de Energia
O conceito ganha ainda mais força quando combinada com a migração para o Mercado Livre de Energia. Nesse ambiente, as empresas podem escolher os seus fornecedores, negociar preços e optar por fontes renováveis, diferentemente do que acontece no mercado cativo, onde a distribuidora local define o valor e as condições do fornecimento de energia.
No contexto, migrar para o Mercado Livre de Energia representa uma grande oportunidade de associar sustentabilidade à gestão de recursos. Isso porque esse modelo favorece estratégias alinhadas à transição energética, como o uso de fontes limpas, maior previsibilidade orçamentária e rastreabilidade das fontes contratadas.
Além da liberdade de negociação e da economia, o Mercado Livre de Energia oferece possibilidade concretas para aprofundar a estratégia ESG e eficiência energética. A seguir, destacamos quatro caminhos que podem ser explorados por empresas que desejam integrar sustentabilidade à gestão de energia.
Integração com estratégias de autoprodução
Uma das grandes vantagens do Mercado Livre de Energia é a possibilidade de integrar a compra de energia com sistemas de autoprodução, como é o caso de sistemas fotovoltaicos. Isso permite que as empresas se tornem parcial ou totalmente autossuficientes e melhorem seus indicadores, demonstrando engajamento com o pilar ambiental.
Compra de energia renovável
No Ambiente de Contratação Livre (ACL), a empresa pode contratar exclusivamente energia de fontes renováveis, como solar, eólica ou hídrica. Isso impacta diretamente na redução da emissão de gases e fortalece a sustentabilidade, especialmente para empresas que precisam comprovar o uso de energia limpa em auditorias ou relatórios.
Certificações ambientais
Ao adotar práticas de eficiência energética e contratar energia renovável no ACL, a empresa pode obter certificações como o I-REC (International Renewable Energy Certificate). Esse selo internacional comprova a origem limpa da energia e é muito valorizado por investidores.
Incentivos fiscais
Alguns estados e municípios oferecem incentivos para empresas que investem em eficiência energética e energia limpa, o que favorece ainda mais o alinhamento com critérios. A redução de ICMS, acesso a financiamentos e a elegibilidade para linhas de crédito específicas são alguns exemplos de incentivos que tornam o investimento mais viável e estratégico.
Impactos positivos do ESG e da eficiência energética nos negócios
Unir os dois temas em uma mesma estratégia reafirma o compromisso ambiental da empresa e traz vantagens reais para o negócio. Veja alguns dos principais benefícios:
- melhora da imagem institucional: empresas que adotam práticas sustentáveis ganham credibilidade junto a clientes, fornecedores e sociedade;
- acesso a capital mais barato: o mercado financeiro tem priorizado negócios com boas práticas , oferecendo condições diferenciadas de crédito e financiamento;
- alinhamento com exigências de investidores: organizações que integram grandes cadeias produtivas precisam atender a critérios cada vez mais rígidos;
- redução de custos operacionais: medidas de eficiência energética reduzem o consumo e o desperdício, o que gera economia no curto e longo prazo;
- conformidade com metas climáticas e regulatórias: a empresa evita penalidades e colabora com os compromissos ambientais globais;
- vantagem competitiva em licitações e parcerias: ter indicadores bem estruturados pode ser um diferencial decisivo em processos de contratação pública e acordo com grandes corporações.
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