Hoje (11/11) comemoramos um ano de Clarke Energia. Nossa startup começou com o desconforto dos fundadores e dos primeiros investidores (family & friends) com a forma como se consome energia no Brasil. Diferente de outros países, aqui a conta de luz é muito mais cara e assimétrica.
Movimentando centenas de bilhões de reais todos os anos, o setor elétrico ainda é cheio de desperdícios e burocracias. Além disso, é liderado por poucas empresas há centenas de anos.
Como tudo começou
No começo foi tudo “na raça”. Lembro-me bem de comprar medidores de energia com o pouco dinheiro que tínhamos, negociando a carência dos equipamentos para conseguir comprar a passagem de avião e levar para nossos clientes.
Durante os primeiros dois meses da Clarke, éramos apenas três moleques que estavam tentando diminuir a conta de luz de dez empresas. Em pouco tempo, nós já tínhamos a certeza de ter encontrado o time certo, o cliente certo e solução certa.
Erros e acertos
Em menos de 5 meses de Clarke, recebemos nosso primeiro investimento liderado pela Canary (Fundo de Venture Capital). Esse processo acelerou nossa jornada e nos deu estrutura para testar nosso produto em escala. Desde então, muita coisa aconteceu, mas temos o orgulho dos aprendizados que tivemos:
- Primeiro quem depois o que: 100% das pessoas da Clarke conhecem profundamente sobre energia e estão mega engajadas com o desafio de transformar o setor elétrico.
- Produto bom, vende rápido: estamos dobrando a empresa a cada dois meses. Em janeiro a Clarke tinha apenas 11 clientes, em junho chegamos aos 52 clientes e atualmente estamos com 362 unidades atendidas pela nossa startup.
- Sabemos onde queremos chegar: no Brasil, existem +6 milhões de empresas que poderiam aderir à Tarifa Branca, mas apenas 50 mil unidades consumidoras utilizam essa modalidade tarifária. Nossos clientes economizam em média 10% na conta de luz e ainda podemos ajudar muitos outros. Antes de pensarmos na visão de ser uma: financiadora, uma trader, um banco, uma wallet ou qualquer outra inovação, queremos atender uma dor clara e conquistar nossos clientes.
É preciso se adaptar
Comemorar um ano da nossa startup pode parecer estranho, já que a transformação do setor elétrico brasileiro é uma briga de vinte anos. Contudo, tirarmos o dia de hoje para fazer uma avaliação sobre nossos erros e acertos.
Sem dúvidas, temos inúmeros erros para compartilhar, mas, nosso principal aprendizado é que aquele que vai ganhar esse jogo não é quem erra menos, mas sim quem se adapta mais rápido.
Os últimos 12 meses nos ensinaram que as pessoas certas, com o foco no lugar certo e muita execução, podem fazer transformações “impossíveis”.