O Mercado Livre de Energia vem crescendo significativamente no Brasil nos últimos anos. As mudanças na legislação favorecem cada vez mais os empresários e facilitam a migração para o Ambiente de Contratação Livre (ACL) e, para 2025, as previsões indicam um aumento expressivo na adesão de empresas.
A estimativa é que 37 mil consumidores migrem para esse modelo de compra de energia até o fim 2025, com o objetivo de aproveitar a maior liberdade para negociar contratos e, assim, reduzir custos. E essa expansão reflete não somente a busca por economia, mas também a busca por soluções sustentáveis.
Aqui neste artigo, você vai saber mais sobre o Mercado Livre de Energia em 2025: vamos mostrar quais são as principais mudanças esperadas e as maiores tendências para o setor neste ano. Acompanhe!
Quais são as principais mudanças esperadas para o Mercado Livre de Energia 2025?
O ano de 2025 traz algumas mudanças importantes para o Mercado Livre de Energia, como novas regras e possíveis ajustes regulatórios. Uma das principais mudanças é a aprovação de novas regras para a comercialização varejista, feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL):
- o prazo para julgamento do procedimento de desligamento na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) foi reduzido de 60 para 30 dias
- o comercializador varejista deve disponibilizar em seu portal um modelo de contrato padrão com informações de vigência, período contratual, preço de referência e outras premissas seguindo a previsão do Procedimento de Comercialização.
- os dados dos consumidores serão de responsabilidade do comercializador varejista.
- A CCEE deve aprimorar o sistema interno com API’s para que a troca de informações seja integrada entre o comercializador varejista, distribuidora, consumidor e a CCEE, o intuito é facilitar a troca de informações, cadastros, troca de representante e facilitar o processo de migração.
Além dessas novas regras, outras mudanças são esperadas no mercado de energia como um todo em 2025:
- aumento na taxa de importação de placas solares: com a alta na taxa de importação, os custos de instalação de sistemas fotovoltaicos devem aumentar. Enquanto isso, o ACL continua oferecendo a possibilidade de consumir energia limpa sem a necessidade de investir em infraestrutura própria;
- expansão do acesso ao ACL: com a flexibilização de regras, novas categorias de consumidores podem se beneficiar do Mercado Livre de Energia.
O consumidor residencial poderá comprar energia no Mercado Livre em 2025?
Apesar dos avanços regulatórios, os consumidores residenciais ainda não vão ter acesso ao Mercado Livre de Energia em 2025. Contudo, a discussão sobre essa abertura continua e a tendência é que novas iniciativas facilitem o acesso de pequenos consumidores nos próximos anos, o que inclui tanto residências como pequenos comércios.
Tendências para o Mercado Livre de Energia em 2025
Com o crescimento do ACL nos últimos anos, duas tendências se destacam para 2025. e uma delas é a maior concorrência entre gestoras de energia. Com mais consumidores migrando para o ACL, o mercado de gestão de energia vem se tornando mais competitivo. As empresas passam a ter mais opções e podem escolher os seus fornecedores com mais critérios, priorizando gestoras experientes e independentes.
Também não podemos deixar de falar sobre a sustentabilidade, que é uma tendência não só do mercado de energia, mas de todas as áreas. Com isso, a demanda por energia limpa vem crescendo, com cada vez mais consumidores buscando contratos que garantem o uso de fontes renováveis.
Ainda é vantajoso migrar para o Mercado Livre de Energia em 2025?
Sim! O Mercado Livre de Energia continua sendo uma opção vantajosa para empresas que desejam reduzir custos e ter mais previsibilidade sobre o orçamento energético.
O que esperar do preço da energia no Mercado Livre em 2025?
A previsão dos preços da energia envolve diversos fatores, como oferta e demanda, condições climáticas, entre outras coisas. Esses são os principais:
Simulador do Mercado Livre de Energia
- Preço de Liquidação das Diferenças (PLD): a variação de preços a cada hora pode impactar os custos;
- condições climáticas: chuvas e seca impactam os reservatórios das hidrelétricas, afetando a oferta e, consequentemente, o preço da energia;
- geração de energia renovável: o aumento na geração solar e eólica pode reduzir os preços em 2025;
- custos de transmissão: envolvem as tarifas aplicadas pelo uso da infraestrutura de distribuição;
- câmbio e inflação: influenciam os custos operacionais e contratos de longo prazo.
- aumento de carga: eventos como ondas de calor e intensificação da atividade comercial/industrial aumentam o consumo de energia, o que pode causar um aumento de preço sobretudo no curto prazo.
Além disso, a possibilidade da manutenção da bandeira verde durante todo o ano também impacta os preços no ACL. Caso o sistema elétrico mantenha o bom abastecimento, é possível que a bandeira verde se mantenha ao longo do ano, reduzindo os custos para os consumidores do mercado regulado.
Como conseguir os melhores preços no Mercado Livre de Energia em 2025?
Confira as dicas dos nossos especialistas:
- contratar uma gestora independente: profissionais especializados e independentes ajudam a negociar melhores contratos sem ficar preso a uma distribuidora;
- monitorar o mercado: é importante ficar atento às variações do PLD;
- negociar contratos de longo prazo: isso pode garantir preços mais previsíveis e menor risco de flutuação;
- avaliar fontes renováveis: além de reduzir custos, pode trazer mais sustentabilidade para o negócio
O que é o Mercado Livre de Energia?
O Mercado Livre de Energia permite que consumidores negociem diretamente com fornecedores, obtendo preços mais competitivos e maior previsibilidade de custos, sem precisar se vincular às concessionárias locais, como acontece no mercado cativo.
Essas são as suas principais vantagens:
- redução de custos;
- flexibilidade na escolha do fornecedor;
- maior previsibilidade orçamentária;
- possibilidade de consumo de energia renovável.
Quem pode migrar para o Mercado Livre de Energia em 2025?
Com a abertura promovida pela Portaria 50/2022, mais consumidores podem aderir ao ACL: todo o grupo A de energia.
Para fazer a migração, é preciso:
- analisar seu consumo mensal e verificar elegibilidade;
- escolher uma comercializadora ou gestora de energia;
- negociar contratos e definir volume e preço da energia;
- formalizar a adesão junto à CCEE;
- concluir os trâmites regulatórios e iniciar a migração.
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