Será que, daqui a alguns anos, não será mais possível morar em terras brasileiras? Tereumos um Brasil inabitável? Essa questão surgiu após uma notícia ser divulgada em julho de 2024 sobre um estudo da NASA em relação às mudanças climáticas mais recentes e como elas impactariam a vida no nosso país.
Saiba mais sobre o assunto a seguir – e qual o papel do setor energético nesse tipo de pauta.
Brasil inabitável daqui a alguns anos
De acordo com um estudo divulgado pela Agência Espacial Americana (NASA), algumas áreas brasileiras podem se tornar inabitáveis nos próximos 50 anos devido ao aumento das temperaturas, algo que está sendo observado em todo o mundo.
Segundo especialistas da CNN, essa pesquisa sobre o Brasil inabitável também considera o fator “umidade”. Isso porque um dos principais mecanismos que o corpo humano possui para regular a temperatura é o suor. Este, à medida que vai evaporando, retira o calor excessivo.
Contudo, a depender do nível de umidade, pode haver uma dificuldade para essa evaporação. Assim, essa combinação de calor extremo e alta umidade pode comprometer significativamente a capacidade física de autorregulagem térmica, tornando certas regiões inabitáveis para o ser humano. Daí a hipótese do Brasil Inabitável.
Brasil inabitável? De fato, uma análise das alterações climáticas das últimas décadas revela um aumento progressivo das áreas afetadas pelo calor intenso no Brasil. Mapas mostram que, desde 1984, as manchas vermelhas indicativas de altas temperaturas têm se expandindo no centro do país, avançando para o sul.
Portanto, ainda que alguns portais de notícia brasileiros tenham ressaltado que o estudo da NASA pode conter um certo “alarmismo ambiental” que não se sustenta com base em outras pesquisas, é certo que o cuidado com o meio ambiente nunca foi uma pauta tão urgente.
Segundo o site Climate Central, o ano de 2024 tem sido excepcionalmente quente, com cada mês estabelecendo novos patamares. Notavelmente, as temperaturas globais nos primeiros seis meses estavam cerca de 0,1°C a 0,4°C mais altas do que os recordes anteriores para esse mesmo período.
Além disso, entre 16 e 24 de junho de 2024, cerca de 4,97 bilhões de pessoas experimentaram calor extremo, com muitas regiões reportando registros que foram significativamente mais prováveis devido às mudanças climáticas. Países como Índia, China e Brasil foram particularmente afetados, com temperaturas atingindo níveis perigosamente altos.
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Os impactos da ação humana nas mudanças de temperatura
Infelizmente, uma grande parte dessas alterações climáticas levantadas no tópico anterior e que levantaram hipóteses sobre um Brasil Inabitável são impulsionadas por atividades humanas que aumentam a concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera.
Entre as principais, podemos citar:
- Queima de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural, para geração de energia, que libera grandes quantidades de CO₂, um gás que retém calor e é responsável pelo aquecimento global;
- Agricultura intensiva, sendo que a produção de alimentos, especialmente aqueles que vêm do gado, é uma grande fonte de metano (CH₄), um gás de efeito estufa que é significativamente mais potente que o CO₂ em termos de retenção de calor;
- Desmatamento para abrir espaço para a agricultura, pecuária e urbanização, reduzindo a quantidade de árvores que poderiam absorver CO₂ e contribuir com a mitigação das mudanças no clima;
- Uso de fertilizantes nitrogenados na agricultura, o que libera óxido nitroso (N₂O), outro potente gás de efeito estufa;
- Transporte, pois os veículos que utilizam combustíveis fósseis são uma fonte significativa de emissões de CO₂.
Essas ações estão interconectadas e impactam diretamente nas alterações climáticas que estão sendo observadas atualmente.
Como a energia limpa pode amenizar esse problema?
Conforme citado no tópico anterior, a queima de combustíveis fósseis para geração de energia é um dos principais fatores que contribuem com as mudanças no clima em todo o mundo.
Portanto, é certo dizer que a energia limpa desempenha um papel fundamental na mitigação dessas alterações ao fornecer alternativas mais sustentáveis ao carvão, petróleo e gás natural.
Em outras palavras, a preferência por fontes de energia como solar, eólica e hidrelétrica pode reduzir significativamente as emissões de dióxido de carbono e outros poluentes, diminuindo a poluição atmosférica e ajudando a reduzir os impactos ambientais.
Sem falar que a energia limpa não só é renovável, mas também frequentemente mais eficiente. Afinal, tecnologias como painéis solares e turbinas eólicas têm custos de operação e manutenção relativamente baixos após a instalação inicial, o que contribui para uma geração mais econômica a longo prazo.
Outro ponto importante a ser considerado é que a adoção dessas alternativas pode proporcionar acesso à eletricidade em regiões remotas ou em desenvolvimento, promovendo não apenas crescimento econômico e sustentabilidade, mas também inclusão social.
Por fim, a energia renovável pode contribuir para que as empresas reduzam a sua dependência dos mercados altamente voláteis de combustíveis fósseis, criando uma economia de baixo carbono que é menos suscetível a flutuações de preços e crises de abastecimento.
Concluindo: os investimentos em fontes de energia limpa, quando implementados em larga escala, têm o poder de ajudar a limitar o aquecimento global e promover uma sociedade mais saudável, sustentável e equilibrada.
Comprar energia limpa é caro?
Empresas que estão considerando a compra de energia limpa para diversificar sua matriz energética e adotar atitudes mais sustentáveis recebem como principal orientação a migração para o Mercado Livre de Energia (MLE).
Isso porque esse ambiente de livre negociação permite que as organizações, sobretudo as de maior porte, negociem diretamente com geradoras e comercializadoras.
Essa flexibilidade pode resultar em preços mais competitivos em comparação ao mercado regulado, sobretudo ao contratar energias de fontes renováveis, como solar e eólica, que estão cada vez mais acessíveis.
No mais, a recente inclusão de consumidores com demanda abaixo de 500 kW no MLE amplia as oportunidades para pequenas e médias corporações, permitindo-lhes acessar energia renovável de forma mais viável e sustentável.
Também é importante entender que, embora a energia limpa possa ter um custo inicial mais elevado por conta dos investimentos em infraestruturas, fatores como mudanças no mercado, expectativa dos consumidores, políticas de incentivo e a crescente capacidade de geração energética renovável contribuem com a redução dos custos a longo prazo.
Portanto, ao abordarmos a questão de preço, a tendência é que esse tipo de energia se torne cada vez mais competitivo e estrategicamente interessante no futuro.
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