A expansão do Mercado Livre de Energia tem remodelado o mercado de geração elétrica no Brasil. Um estudo feito pela Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel) mostrou que, de um total de 15,4 gigawatts (GW) de projetos com obras em andamento e previsão de entrar em operação comercial até 2030, cerca d 68% tem energia contratada através do Mercado Livre de Energia.
O estudo coletou dados do banco de informações de geração da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e outras instituições oficiais. Esse resultado mostra que o Mercado Livre de Energia se tornou um dos principais caminhos para a viabilidade de usinas de geração de energia elétrica.
Detalhes da pesquisa
O estudo mostrou que, dos 15,4 GW previstos, 8,35 GW (54%), deve ser destinado aos consumidores livres. Enquanto que os consumidores cativos devem receber quase a metade desse total: 4,18 GW (27%). Do total, 2,13 GW estão indefinidos (14%) e 0,7 GW (5%) são destinados à energia de reserva.
A porcentagem das usinas indefinidas entra na conta do Mercado Livre de Energia, pois essas geradoras só podem fechar contratos nesse ambiente, já que não existem contratos firmados com distribuidoras nem estão em negociação nos leilões de energia.
O que é a Energia de Reserva?
A Energia de Reserva foi criada, como o próprio nome bem diz, com o objetivo de garantir o fornecimento de energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN) em momentos de crise, ao mesmo tempo que proporciona diversificação das fontes de energia.
No Mercado Livre de Energia, a energia de reserva é liquidada mensalmente no Mercado de Curto Prazo, e seu valor é abonado no Preço de Liquidação das Diferenças (PLD). Na pesquisa divulgada, nota-se que a energia de reserva corresponde a um número pouco representativo na geração de novas usinas (0,7 GW).
O que é o Mercado Livre de Energia?
O Mercado Livre de Energia é uma modalidade de contratação de energia onde a empresa possui a liberdade de negociar diretamente com os fornecedores de energia elétrica todas as condições contratuais, desde preço, prazo, demanda, ou até mesmo o tipo de energia a ser contratada. Atualmente, todas as empresas do grupo A podem realizar a migração para o Mercado Livre de Energia.
O mercado livre de energia oferece diversas vantagens, como a possibilidade de reduzir custos com a compra de energia, uma vez que os consumidores podem negociar diretamente com fornecedores e escolher contratos mais adequados às suas necessidades e com melhor custo-benefício. Além disso, há maior transparência nos preços e uma maior competitividade entre as empresas do setor.
Um outro ponto é a questão da flexibilidade na gestão do consumo, com a opção de contratar energia de fontes renováveis, contribuindo para a sustentabilidade. O mercado livre também permite a adaptação dos contratos às variações da demanda e da oferta, o que proporciona maior previsibilidade e controle sobre os custos energéticos.
Expansão do Mercado Livre de Energia e perspectivas para o setor elétrico
Pelas vantagens que oferece, o MLE tem sido cada vez mais buscado por empresas. Até outubro de 2024, mais de 20 mil empresas realizaram a migração para o Mercado Livre de Energia, o que representa um aumento de 183% em comparação ao ano anterior. Desse total, 77% são empreendimentos de médio e pequeno porte.
O aumento no número de migrações pode ser explicado pela abertura do Mercado Livre de Energia para todo o grupo A. Inicialmente, apenas empresas com consumo superior a 500 kW poderiam comprar energia diretamente do fornecedor elétrico.
Para o presidente executivo da Abraceel, Rodrigo Ferreira, tal cenário reforça a importância da mudança do marco legal do setor elétrico que sinalize o importante papel do Mercado Livre na expansão da oferta de energia. Contudo, o político sinaliza que tal mudança deve ser feita com cautela para manter a organização do setor.
Um outro efeito da expansão do Mercado Livre de Energia se refere à expansão da oferta de renováveis. Dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mostram que 83% dos projetos eólicos e solares com financiamento contratado na instituição entre 2018 e 2024 foram destinados para o mercado livre.
“Isso é muito importante, as comercializadoras estão viabilizando parte significativa dos novos projetos com financiamento do BNDES, para vender a energia, posteriormente, seja no mercado de atacado, seja no varejo”, declarou Ferreira ao Valor Econômico.
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