A conta de luz vai ficar ainda mais cara no mês de julho. Estamos até parecendo disco arranhado, mas é que os aumentos da energia não têm dado trégua no bolso dos brasileiros. Nesta terça-feira (29), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um reajuste na bandeira vermelha patamar 2. A cobrança extra na conta de luz aumentou 52%.
Isso quer dizer que ao invés de pagarmos R$6,24 por cada 100 kWh consumidos, vamos pagar R$ 9,49 (quando estivermos na bandeira vermelha paatamar 2).
Essa é a bandeira mais cara do Sistema de Bandeiras Tarifárias. Estamos numa sequência de aumentos e de cobrança extra na conta de luz. Desde dezembro de 2020, o sistema foi acionado e não parou mais. Veja o histórico:
- Dezembro – vermelha patamar 2 – cobrança extra de R$ 6,24 a cada 100 kWh consumidos
- Janeiro – amarela – cobrança extra de R$ 1,34 por 100 kWh consumidos
- Fevereiro – amarela – cobrança extra de R$ 1,34 por 100 kWh consumidos
- Março – amarela – cobrança extra de R$ 1,34 por 100 kWh consumidos
- Abril – amarela – cobrança extra de R$ 1,34 por 100 kWh consumidos
- Maio – vermelha patamar 1 – cobrança extra de R$ 4,16 a cada 100 kWh consumidos
- Junho – vermelha patamar 2 – cobrança extra de R$ 6,24 a cada 100 kWh consumidos
- Julho – vermelha patamar 2 – cobrança extra de R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos
Outras mudanças
A bandeira amarela e a bandeira vermelha patamar 1 também sofreram reajuste. Sendo assim, as bandeiras tarifárias ficaram da seguinte forma:
- Bandeira verde: continua gratuita
- Bandeira amarela: mudou de R$1,34 para R$1,874 a cada 100 kWh consumidos
- Bandeira vermelha patamar 1: mudou de R$4,16 para R$3,971 a cada 100 kWh consumidos
- Bandeira vermelha patamar 2: mudou de R$6,24 para R$9,492 a cada 100 kWh consumidos.
O que é o sistema de bandeiras tarifárias?
No Brasil, desde 2015, existe um Sistema de Bandeiras Tarifárias. São três modalidades de cobrança da conta de luz no país: verde, amarela e vermelha. Cada uma delas indica se vai haver ou não algum aumento na conta de luz da sua casa ou empresa.
O sistema de bandeira tarifária é uma sinalização para que o consumidor saiba todo mês as condições e os custos de geração de energia do país.
Quando a produção de energia está favorável, a conta fica mais barata. Nesse caso, aciona-se a bandeira verde. A bandeira amarela aparece quando a produção está em sinal de alerta. Já quando as condições estão ruins, a vermelha é acionada. Essa última tarifa tem ainda dois patamares de cobrança, um caro (vermelha 1) e outro mais caro (vermelha 2).
Cobrança extra
Quando a bandeira tarifária está verde, não há nenhuma cobrança extra de energia. Mas quando está amarela ou vermelha, há um valor extra a ser cobrado.
Os valores de cada bandeira são atualizados todos os anos e levam em consideração parâmetros estipulados pela própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Crise hídrica
O Brasil atravessa a maior crise hídrica dos últimos 91 anos. Como a matriz elétrica brasileira é dependente das usinas hidrelétricas, a falta de chuvas impacta diretamente na geração de energia.
A crise hídrica fez com que a conta de luz ficasse ainda mais cara para a maioria dos brasileiros. O Sistema de Bandeiras Tarifárias foi acionado e é provável que a cobrança extra fique até o final do ano para compensar todos os prejuízos.
Em 28 de junho, o governo federal reconheceu que estamos atravessando uma crise hídrica, mas descartou a possibilidade de racionamento.
O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fez um pronunciamento na TV pedindo que a população fizesse um uso consciente da água e da energia. “O uso consciente e responsável de água e energia reduzirá consideravelmente a pressão sobre o sistema elétrico, diminuindo também o custo da energia gerada”, disse.
Uma possibilidade de racionamento, mesmo que descartada pelo governo, traz preocupação para a economia. Isso porque em outros momentos da história do país, a crise hídrica atrapalhou a retomada econômica.
Em 2001, por exemplo, quando aconteceram até apagões pelo Brasil, a escassez de energia causou problemas. Hoje, também estamos passando por uma crise econômica e a falta de energia pode piorar a situação (que já não está nada boa).
Para os brasileiros que ainda ficam amedrontados pelo fantasma dos apagões de 2001, a expectativa de especialistas do setor é de que, caso haja racionamento, será muito mais leve do que há 20 anos.
Diferente de 2001, temos mais possibilidades de consumir outra energia que não a de hidrelétricas. No entanto, o preço da energia deve sofrer aumentos, principalmente com o reajuste das bandeiras tarifárias.
Clarke Energia
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Caso tenha alguma dúvida sobre a Tarifa Branca ou um dos nossos serviços, entre em contato com a Clarke. Ficaremos felizes em poder ajudá-lo.
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