Energia solar ou Mercado Livre de Energia? Essa é a pergunta que muitos empresários fazem quando querem encontrar uma alternativa para economizar na conta de luz. Mas como saber qual é a melhor opção para a minha empresa?
Para te ajudar a tomar uma decisão mais acertada, vamos te explicar as diferenças entre essas duas formas muito eficientes de pagar menos na conta de luz. Mas já te alertamos: há sempre uma forma que é mais apropriada para o seu negócio e o seu momento de empresa.
Mercado Livre de Energia
O Mercado Livre de Energia é a possibilidade de comprar uma energia mais limpa e mais barata, sem estar totalmente amarrado à distribuidora. Dentro dele, você pode escolher o preço, o fornecedor, a fonte e a quantidade de energia comprada.
No mercado tradicional, a energia é negociada pela distribuidora e o preço é repassado todo mês ao consumidor, considerando reajustes, revisões nas tarifas anuais e o sistema de bandeiras tarifárias.
- O que é o Mercado Livre de Energia
- Energia livre para todos os brasileiros?
Nos dois casos, a distribuidora ainda tem o papel de levar essa energia comprada até a unidade consumidora, com a transmissão e a distribuição.
Embora seja uma realidade antiga em vários países do mundo, no Brasil, somente contas de luz de alta tensão podem aderir. No entanto, esse mercado já movimenta 35% da energia elétrica consumida no país.
Energia solar
Como o próprio nome já sugere, a energia solar é a transformação da luz do sol em eletricidade. Ela acontece por meio de instalações de placas fotovoltaicas. É um mercado que tem crescido bastante nos últimos anos no Brasil principalmente por conta dos incentivos fiscais.
Atualmente, existem mais de 600 mil usinas solares no país (dado de setembro de 2021). Com a energia solar fotovoltaica, o consumidor (e pode ser empresa ou residência) também produz a própria energia. Mas isso não significa que ficará livre de pagar a distribuidora de energia.
Quando uma casa ou uma empresa opta pela energia solar, ela entra no sistema da Geração Distribuída (GD).
Geração Distribuída
A Geração Distribuída é o sistema em que os consumidores produzem a própria energia. É uma vantagem porque pode reduzir bastante os custos, mas requer investimentos.
Essa geração de energia é regulamentada no Brasil pela REN 482/2012. Através dela, o consumidor pode não só gerar a própria energia, como também fornecer o excedente para a rede de distribuição de onde ele está.
Quando a energia gerada é maior que a consumida naquele período, o consumidor fica com créditos e pode utilizá-los para reduzir a conta de luz nos meses seguintes.
Ao longo dos anos, como dito anteriormente, alguns benefícios foram dados para que a GD funcionasse no Brasil, mas eles estão sendo revisados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e algumas novidades vão acontecer nos próximos meses.
Fico livre da distribuidora de energia?
Não, em nenhum dos dois casos você deixa de pagar uma fatura para distribuidora de energia elétrica da sua cidade.
Para que você entenda o porquê, é preciso saber como funciona o setor elétrico. Costumamos dizer que ele é formado por 4 componentes:
- Geração – onde a energia é gerada e pode acontecer de várias fontes, dependendo da matriz elétrica do país. No Brasil, temos algumas fontes geradoras de energia, como a hídrica, a termelétrica, a nuclear, a eólica e a solar.
- Transmissão – transporte da energia elétrica da geradora de energia (usina) para as unidades de distribuição
- Distribuição – transporte das unidades de transmissão para o consumidor final.
- Consumo – energia entregue para o consumidor e medida pela distribuidora de energia.
Basicamente, você paga valores separados por cada um desses componentes, dependendo do tipo de conta de luz que possui. Em linhas gerais, temos:
- TE – tarifa de energia elétrica
- TUSD – tarifa do uso do sistema de distribuição
A TE está relacionada ao produto que você consumiu, ou seja, a energia. Já a TUSD é o serviço que a distribuidora da sua cidade presta ao levar energia para a sua empresa ou pela sua casa, através dos postes.
Quando a sua empresa está no Mercado Livre de Energia ou gera a própria energia através da Geração Distribuída, você ainda deverá pagar à distribuidora por alguns serviços.
No caso da Geração Distribuída, você paga pela taxa de iluminação pública, a tarifa de disponibilidade (que é uma quantidade mínima que o consumidor precisa pagar para estar ligado à rede elétrica), e impostos.
Quando o consumidor gera mais energia do que consome, ele fica com créditos que podem ser usados nos meses seguintes. Na regra atual, eles podem ser usados em um período de 60 meses e em unidades consumidoras que possuem o mesmo titular.
Já no Mercado Livre de Energia, é preciso pagar para que a distribuidora leve a energia comprada livremente até a sua empresa. Apesar disso, a conta ainda fica menor, uma vez que pode negociar os preços da energia em si, em contratos mais vantajosos.
Quando o Mercado Livre de Energia é mais vantajoso?
Grandes consumidores de energia, enquadrados na média ou na alta tensão (Grupo A), não conseguem absorver totalmente a economia gerada pela energia solar na geração distribuída. Quanto maior o consumo (maior que R$10 mil/mês), maior o número de placas solares e espaço físico serão necessários.
Quando a energia solar é mais vantajosa?
A energia solar é mais vantajosa para consumidores enquadrados na baixa tensão (Grupo B), como residências e pequenas empresas. No entanto, é preciso ter atenção a algumas condições – se terá espaço para a instalação de uma usina solar, se o local tem alta incidência de luz do sol e se terá caixa para realizar investimentos a longo prazo.
Perguntas que podem definir sua escolha
Quero fazer um investimento próprio?
Para instalar placas solares na sua empresa, é preciso realizar investimentos. E tudo vai depender da quantidade de energia e de como será a sua geração. É possível também recorrer a financiamentos ou aluguéis de fazendas solares.
No caso do Mercado Livre de Energia, não há investimentos de infraestrutura. Você pode comprar energia mais barata sem gastar nenhum dinheiro para isso.
Tenho uma boa quantidade de dinheiro para investir?
O primeiro ponto a se atentar é se há dinheiro em caixa o suficiente para realizar o investimento em painéis solares. A energia solar ainda é um ativo muito caro. O financiamento também pode ser uma opção.
Apesar disso, a sua empresa pode ficar “travada” do ponto de vista de ativos, porque você vai mobilizar muito capital ou impedir de conseguir crédito para outros investimentos.
Posso receber retorno somente em longo prazo?
O investimento em energia solar tem um custo alto e por isso o retorno será visto somente anos à frente. Além disso, para o custo da implantação de usinas solares valer a pena será necessário 25 a 30 anos.
No Mercado Livre de Energia, como não há investimento e a economia é bem mais rápida, vai depender somente das burocracias entre a distribuidora e a comercializadora de energia.
Resumindo… como posso escolher a melhor opção para a minha empresa?
Tenha atenção a três pontos principais:
Aspecto técnico
Contas de Grupo A (média e alta tensão) têm melhores condições de economia com o Mercado Livre. Contas de Grupo B (baixa tensão) podem economizar somente com energia solar.
Decisão estratégica
Você precisa avaliar se a sua empresa pode fazer um investimento de longo prazo.
25 a 30 anos – Energia Solar
5 a 10 anos – Mercado Livre de Energia
Tenho dinheiro para investir?
Para ter energia solar na sua empresa, será preciso fazer alguns investimentos. Vai depender bastante da sua capacidade de crédito, caso não tenha dinheiro em caixa.
Já no mercado livre, não há necessidade de investimentos em infraestrutura. É só encontrar a melhor opção e economizar!
Ajudamos a sua empresa com tudo
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Caso tenha dúvida sobre os nossos serviços ou queira ajuda também sobre energia solar, entre em contato com a Clarke. Ficaremos felizes em poder ajudá-lo. Encontramos sempre a melhor opção para o seu negócio.
Um abraço.