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Tudo sobre crédito de carbono: o que é, como funciona e por que vale dinheiro

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Entre as principais iniciativas mundiais criadas para reduzir a emissão de gases do efeito estufa e combater o aquecimento global, está o chamado crédito de carbono.

Neste artigo, você pode conferir as principais informações sobre esse assunto, desde o seu surgimento até o mais recente panorama brasileiro. Saiba mais a seguir. 

O que é e quando foi criado o crédito de carbono? 

Resumidamente, podemos entender esse conceito de crédito de carbono como um mecanismo de mercado que visa reduzir a emissão dos gases do efeito estufa, que, por sua vez, provocam diversos problemas ambientais associados às mudanças climáticas.

Esse sistema surgiu oficialmente com o chamado Protocolo de Kyoto, assinado em 1997 e em vigor desde 2005, que estabeleceu metas de redução de emissões para países industrializados. 

Os créditos foram uma das ferramentas pensadas pelos responsáveis pelo protocolo para ajudar as nações a cumprirem esses objetivos de uma maneira mais flexível. 

O sistema funciona da seguinte forma: a cada uma tonelada não emitida, gera-se um crédito. Quando um país consegue reduzir a emissão dessa tonelada, ele garante uma certificação feita pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), recebendo os créditos que estarão disponíveis para serem comercializados com os países que não alcançaram suas metas. 

Portanto, o crédito de carbono vale dinheiro, já que é uma forma de regulamentar e limitar as emissões de gases de efeito estufa, incentivando práticas ambientais sustentáveis e criando um mercado financeiro em torno da compensação de emissões.

De acordo com a empresa Sustainable Carbon, a geração de crédito é realizada à medida que as nações se esforçam em projetos e iniciativas que têm como foco o desenvolvimento sustentável. 

Alguns exemplos comuns: ações para reduzir os níveis de desmatamento, campanhas para consumo consciente e uso de fontes de energia limpas.

Como os créditos de carbono são comercializados?

Antes de tudo, é importante entender que o chamado mercado de carbono existe no mundo todo e é regulado em cada país por uma legislação específica. No Brasil, o responsável pela sua regulamentação é o Decreto nº 5.882 de 2006.

Este mercado, conforme vimos, é caracterizado pela venda dos créditos entre um país que os detém, pois conseguiu reduzir suas emissões de dióxido de carbono, e um que precisa diminuir suas emissões e não atingiu suas metas. 

Essa comercialização é feita segundo os modos do MDL, um dos mecanismos de flexibilização que nasceram do Protocolo de Kyoto. Esses modos podem ser:

  • Unilateral: desenvolvimento de um projeto por parte de um país em desenvolvimento em seu próprio território. Este auxilia na redução das emissões de carbono e gera créditos que podem ser negociados. Nesse caso, o valor desse crédito é estipulado pelo próprio país; 
  • Bilateral: desenvolvimento de um projeto realizado por um país em desenvolvimento no território de outro país, chamado de hospedeiro. Aqui, o carbono não emitido gera créditos ao país que implementou o projeto, que também decide os valores do mercado;
  • Multilateral: projetos implementados e financiados por fundos internacionais. Nessa modalidade, os valores para o comércio de créditos de carbono são estipulados pelos fundos de investimento. 

Trata-se de um mercado cada vez mais em expansão, movimentando milhões em dinheiro todos os anos.

Leia também | Mudanças climáticas: três dados sobre combustíveis fósseis 

Crédito de carbono: um panorama brasileiro

Em terras brasileiras, o mercado de créditos de carbono tem se expandido rapidamente, com grandes avanços tanto no âmbito voluntário quanto no regulado.

Segundo a Associação Brasileira de Crédito de Carbono (Abcarbon), em 2023, o Brasil emitiu cerca de 7,3 milhões de toneladas de CO₂ em créditos de carbono, totalizando um valor negociado de R$ 453 milhões. 

Este crescimento é impulsionado pela demanda cada vez maior por soluções sustentáveis e por regulamentações em andamento, como o Projeto de Lei 2.148/2015, aprovado em 2023, que busca formalizar um mercado regulado de carbono no país.

Além disso, vale ressaltar que o nosso país possui um grande potencial nesse setor, especialmente devido à sua vasta área florestal e biomas como a Amazônia,. Estes são essenciais para projetos de compensação de carbono, como os créditos florestais (REDD+). 

Também é possível perceber que a exigência por créditos de alta qualidade tem aumentado, com os compradores buscando projetos que efetivamente contribuam para o clima, a comunidade e a biodiversidade. 

O chamado mercado voluntário é outro setor com desenvolvimento expressivo, com empresas bastante interessadas em compensar suas emissões como parte de uma estratégia climática ampla. 

Resumindo, o mercado de crédito de carbono no Brasil tem demonstrado um grande potencial nos últimos anos, incentivado pela demanda por práticas mais sustentáveis e pela pressão constante dos consumidores.

Isso significa que, se a sua organização deseja se manter dentro das tendências e demonstrar uma maior preocupação com as questões ambientais, pode ser uma boa hora de realizar a migração para o chamado Mercado Livre de Energia (MLE). 

Mercado Livre de Energia e a comercialização de energia limpa

O MLE é um ambiente de negociações livres no qual os consumidores podem fechar contratos diretamente com geradores e comercializadores de energia, escolhendo a fonte e o fornecedor de sua preferência. 

Uma das principais vantagens é que esse mercado permite que as empresas adquiram energia renovável, como eólica, solar, hidráulica e de biomassa, de maneira mais flexível e competitiva em comparação ao mercado regulado. 

Dessa forma, os negócios garantem uma série de vantagens com o crédito de carbono, entre elas:

  • Contratação de energia de fontes 100% renováveis, permitindo que sua operação contribua com metas de sustentabilidade do seu país e impulsionando os créditos de carbono;
  • Certificações de energia renovável, fortalecendo as práticas de responsabilidade ambiental e melhorando a imagem da organização frente aos seus consumidores; 
  • Redução de custos, já que é possível negociar acordos com condições financeiras mais vantajosas, reduzindo os custos operacionais ao mesmo tempo que diminui a pegada de carbono.

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Vale pontuar que, para fazer essa transição de forma segura, você pode contar com o suporte especializado da Clarke.

Entre em contato com um especialista do nosso time hoje mesmo e inicie sua migração para o MLE o mais cedo possível. 

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Maria Beatriz Pacheco

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