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Consumo de Energia de Supermercados Capixabas e Estratégias diante da volatilidade

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O consumo de energia elétrica dos supermercados capixabas tem uma representatividade crucial no setor varejista do Espírito Santo. Segundo dados recentes da Aneel, os estabelecimentos consomem, anualmente, 252 GWh de energia elétrica – o que equivale a 105 Maracanãs em termos de capacidade energética. Esse nível de consumo reflete a grande demanda de energia necessária para a operação contínua, e traz consigo um custo financeiro significativo.

A estimativa é que o valor gasto pelos supermercados capixabas seja de aproximadamente R$195 milhões por ano, sendo R$39 milhões destinados ao pagamento de impostos sobre a energia elétrica, como PIS, Cofins e ICMS. Apenas esses tributos já compõem uma parte substancial dos custos operacionais dos supermercados capixabas, destacando o peso da carga tributária no setor energético.

Quando falamos sobre representatividade, 85% desse consumo de energia ocorre nos consumidores de Grupo A (Média ou Alta Tensão), empresas que têm a necessidade de uma infraestrutura robusta para garantir a continuidade de suas operações: equipamentos como sistemas de refrigeração, iluminação e automação, que são fundamentais para o seu funcionamento diário – além de fornos e outras máquinas de produção alimentícia para aqueles que possuem esse serviço.

Apesar do cenário de alto consumo e custos significativos, o setor supermercadista capixaba ainda possui grandes oportunidades de economia ao explorar estratégias ligadas à energia solar e ao mercado livre de energia. Atualmente, apenas 9% das empresas já utilizam energia solar, enquanto 38% poderiam adotar essa tecnologia de forma vantajosa. Na outra ponta, apenas 7% dos supermercados já participam do mercado livre de energia, porém, existem mais 120 outras empresas que poderiam estar nesse mercado, mas ainda não migraram. Caso essas empresas estivessem no mercado livre, o setor supermercadista capixaba poderia economizar aproximadamente R$8 milhões todo ano​.

A transição para o mercado livre ou a adoção de energia solar são oportunidades estratégicas que, quando bem planejadas, podem proporcionar economias expressivas para os supermercados. É importante considerar que 88% das empresas ainda não têm a opção de migrar para o mercado livre devido às restrições da legislação vigente. Esse cenário mostra o grande potencial para redução dos custos de produtos e alinhamentos caso o congresso nacional modernize a regulamentação atual.

O Cenário Atual do Setor Elétrico Brasileiro

O setor elétrico brasileiro tem enfrentado uma série de desafios nos últimos anos, muitos dos quais continuam a se manifestar no cenário atual. Após o fim da crise hídrica de 2021, os níveis dos reservatórios de água, essenciais para a geração de energia hidrelétrica, melhoraram consideravelmente, atingindo 85% de sua capacidade. No entanto, as incertezas climáticas aumentaram, com previsões de que o fenômeno La Niña, responsável por reduzir os volumes de chuva na América do Sul, persista até o final de 2024.

Esse cenário é preocupante, pois o solo precisa estar previamente encharcado para que a água das chuvas eleve de forma efetiva os níveis dos reservatórios das hidroelétricas. Assim, ela poderá afetar diretamente o preço da energia ao melhorar os índices de produção – retrato da ainda forte dependência de fontes hídricas no Brasil.

Para os consumidores, especialmente os supermercados capixabas, esse cenário traz preocupações quanto à volatilidade dos preços e à previsibilidade dos custos de energia. Com a possibilidade de aumentos de preço no mercado livre de energia e acionamentos de bandeiras tarifárias no mercado regulado. No caso dos supermercados capixabas, essa questão é ainda mais relevante, uma vez que a energia representa uma parte considerável dos seus custos operacionais. A flutuação nos preços de energia pode ter um impacto direto e relevante na lucratividade desses estabelecimentos.

Recomendação de Compra de Energia

Diante desse contexto, as estratégias de compra de energia devem ser ajustadas de acordo com o perfil e as necessidades de cada consumidor. Igor Surdo, especialista da Clarke Energia, aponta que a recomendação é ter diferentes abordagens para clientes conservadores e arrojados, com base em fatores como a volatilidade do mercado e o potencial de economia a ser obtido.

Para clientes mais moderados, que buscam maior previsibilidade e segurança nos seus custos energéticos, a recomendação é contratar energia até dezembro de 2028. Essa estratégia oferece uma proteção contra a volatilidade do mercado, garantindo que – mesmo em cenários de aumento das tarifas ou de escassez de oferta – os custos de energia permaneçam controlados. Essa é uma abordagem especialmente indicada para consumidores que conseguem garantir uma economia significativa em relação às tarifas do mercado cativo, idealmente acima de 20%.

Por outro lado, consumidores mais arrojados, que estão dispostos a assumir um risco maior em busca de ainda melhores oportunidades de economia, podem optar por contratos de energia com duração até dezembro de 2026. O prazo mais curto permite que os consumidores aproveitem momentos de queda nos preços de energia, como os observados no segundo trimestre de 2024, com a recuperação dos níveis dos reservatórios e a melhora na oferta de energia hidrelétrica. No entanto, essa abordagem requer um monitoramento constante do mercado e uma gestão mais ativa para identificar os melhores momentos de compra, evitando períodos de alta dos preços, que podem ser imprevisíveis​.

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Como a Clarke pode ajudar supermercados capixabas?

A Clarke Energia oferece soluções especializadas para ajudar seus clientes, incluindo supermercados capixabas, a enfrentarem esses desafios de forma eficiente. Nossa tecnologia de monitoramento de preços permite que as empresas acompanhem o comportamento do mercado, identificando os melhores momentos para comprar energia. Através de dashboards personalizados, fornecemos relatórios detalhados de economia e consumo, facilitando a gestão proativa de energia e a tomada de decisões estratégicas.

Além disso, nossa plataforma de compra de energia permite que os clientes comparem as cotações e realizem contratações de longo prazo com maior transparência e eficiência. Ao alavancar nossa expertise no mercado livre de energia, ajudamos nossos clientes a maximizar sua economia e a reduzir custos, mesmo diante da volatilidade do setor elétrico. A Clarke também oferece assessoria contínua, garantindo que as empresas estejam sempre atualizadas sobre as melhores práticas e oportunidades de otimização energética.

Nosso portfólio de clientes inclui grandes redes supermercadistas capixabas, como: CMC Comercial Multi Compras, D F Favoreto, Rio Verde Mercantil, Scarp Supermercados, Supermercado Bobbio, Supermercado Celeiro, Supermercado DSA, Supermercado Vieirão, dentre outros. Além de outros grupos pelo Brasil: Trimais (SP), Fauna Varejista (Girafa, Panda, Rino) (Interior de SP), Mar Vermelho (RN),  Super Bingen Petrópolis (RJ),  Supermercado Dicasa (GO), dentre outros.

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Maria Beatriz Pacheco

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