A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabeleceu uma série de medidas que devem ser seguidas pelas distribuidoras em casos de alterações climáticas severas que causam apagões. O debate ocorreu na última quinta-feira (30) durante uma reunião em Brasília (DF) entre a diretoria da agência e representantes das distribuidoras brasileiras.
A decisão foi tomada após as fortes chuvas que atingiram o Brasil no mês de novembro e deixaram mais de dois milhões de consumidores sem energia em São Paulo. Dentre as medidas, está o aperfeiçoamento dos planos de prevenção e redução de danos. Além de maior precisão na detecção desses eventos climáticos e plano de ação para a recomposição do serviço.
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Quais são as principais regras em caso de chuva?
Através de um comunicado divulgado no site da Aneel, a agência estabeleceu que as companhias devem cruzar dados entre os sistemas de previsão internos e alertas da Defesa Civil e Institutos meteorológicos . A medida tem a finalidade de prever com mais assertividade estes fenômenos e apagões.
A segunda medida que a Aneel decretou foi a criação de um canal de comunicação direta entre os municípios, Estados e Defesa Civil.
“A partir da melhor detecção, a ação seguinte é instituir canal de comunicação direta com prefeituras, governos estaduais e suas respectivas Defesas Civis para a articulação de medidas necessárias à minimização dos impactos dos eventos climáticos. Bem como comunicação do acompanhamento de seus efeitos e coordenação dos esforços de recomposição do serviço de energia elétrica (Salas de Crise)”, declarou a agência.
Também devem ser mapeadas as áreas para manejo vegetal em áreas com maior potencial de dano, pois o tombamento das árvores afeta a rede elétrica e o abastecimento para os moradores.
Principais mudanças da Aneel
Agenda de médio prazo
A Aneel ainda determinou a criação de uma agenda de médio prazo. Nela, constam três frentes de atuação para que as distribuidoras lidem com maior precisão em casos de chuva forte.
“Maior precisão na detecção de eventos; aperfeiçoamento dos planos de prevenção e redução de danos, em coordenação com os entes públicos estaduais e municipais; e plano de ação de recomposição do serviço, em articulação e coordenação com os demais entes públicos envolvidos e com comunicação eficiente com consumidores, Aneel e entes públicos”, encerra.
É mito que quem faz parte do Mercado Livre de Energia pode ficar sem energia
Uma das principais informações falsas disseminadas sobre o ACL é que seus consumidores correm maior risco de apagões. Na verdade, assim como no Mercado Cativo, a entrega de energia no ACL é responsabilidade das distribuidoras detentoras das áreas de concessão. A diferença está em quem contabiliza a energia na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
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