Entender qual o valor do kWh no Mercado Livre de Energia (MLE) é um conhecimento importante para qualquer empresa que deseja continuar crescendo de forma sustentável.
Afinal, como o custo com energia elétrica não para de subir, é essencial que as organizações estudem a possibilidade de entrar no Ambiente de Contratação Livre. Trata-se de uma solução que veio trazer mais competitividade no preço da conta de luz.
Neste artigo, você poderá conferir as principais informações relacionadas ao tema.
O que é kWh e como podemos calcular esse valor?
A sigla kWh significa, respectivamente: “K” (quilo), que representa 1.000 unidades; “W”(watt), que representa a unidade de potência elétrica; e “H” (hora), que indica o período de consumo em horas.
Dessa forma, o quilowatt-hora, é a unidade de medida do consumo de energia elétrica. Ou seja: a quantidade de energia que um aparelho de 1.000 watts consome ao ficar ligado por uma hora.
Na conta de luz, esse valor indica quanto de energia você consumiu no mês. Assim, quanto mais tempo os aparelhos ficam ligados, maior será o consumo em kWh e o valor a ser pago.
Como calcular o consumo de energia?
Para calcular o consumo de energia, é preciso saber a potência do aparelho (em watts) e o tempo que ele fica ligado (em horas). Depois, basta multiplicar esses dois valores e, sem seguida, dividi-los por mil. A fórmula é a seguinte:
Consumo em kWh: Potência (W) x Tempo (h) / 1.000.
Para ficar mais claro, preparamos um exemplo com um chuveiro elétrico: a simulação é que este aparelho tenha 6.500 W de potência e, ao longo de um mês, foi usado por 20 horas.
6.500 W x 20 horas = 130.000 Wh em 30 dias.
O próximo passo é transformar esse valor em kWh.
130.000 Wh / 1.000 = 130 kWh.
Resultado: o chuveiro consumiu 130 kWh ao longo do mês. Para saber quanto isso representa em reais, é só multiplicar o valor pela tarifa cobrada pela companhia de energia elétrica.
Onde ver o valor de kWh na conta de luz?
Normalmente, na área descrita na fatura como “valores faturados”, você encontra o detalhamento da sua conta de luz. Assim, a primeira linha contém a quantidade de energia gasta na medida, a tarifa aplicada em reais e o cálculo deste valor.
Lembrando que este resultado é obtido pelo valor da tarifa multiplicado pela quantidade de energia gasta no período entre as leituras.
Quais são os kWh mais caros do Brasil?
Em 2023, a tarifa de energia elétrica acumulou aumento de 8,96% no Brasil, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa tendência aconteceu apesar do cenário favorável brasileiro para a geração de energia, com bandeira verde mantida o ano inteiro e estabilidade nos níveis de reservatórios de hidrelétricas.
Contudo, um dos fatores de maior impacto no encarecimento das tarifas foram os reajustes e revisões promovidos pelas distribuidoras.
Confira, a seguir, o ranking com as 20 distribuidoras mais caras do Brasil, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel):
- Equatorial Pará: R$ 0,962/kWh
- Enel RJ: R$ 0,888/kWh
- Energisa MT: R$ 0,883/kWh
- Energisa MS: R$ 0,880/kWh
- Equatorial Alagoas: R$ 0,866/kWh
- Equatorial Piauí: R$ 0,854/kWh
- Amazonas Energia: R$0,835/kWh
- Energisa AC: R$ 0,828/kWh
- Light: R$ 0,811/kWh
- Neoenergia Coelba: R$ 0,808/kWh
- Energisa MG: R$ 0,803/kWh
- Neonergia Brasília: R$ 0,766/kWh
- Neoenergia Pernambuco: R$ 0,764/kWh
- Energisa TO: R$ 0,756/kWh
- Neoenergia Elektro: R$ 0,754/kWh
- Cemig: R$ 0,749/kWh
- Enel CE: R$ 0,744/kWh
- Roraima Energia: R$ 0,735/kWh
- RGE: R$ 0,720/kWh
- Equatorial MA: R$ 0,719/kWh
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Qual é o valor no Mercado Livre de Energia?
O Mercado Livre de Energia é um ambiente criado para proporcionar a empresas geradoras, comercializadoras e consumidoras livres uma plataforma de negociação direta.
Isso significa que as organizações estão livres para buscarem os melhores preços diretamente com as geradoras ou até mesmo por meio de uma comercializadora de energia elétrica. Portanto, não existe um valor fixo a ser praticado em todos os casos.
Confira, no próximo tópico, uma explicação detalhada de como esse preço é calculado.
Como o preço de energia é calculado no Mercado Livre de Energia?
A precificação da energia no Mercado Livre ocorre por meio de um mecanismo chamado Preço de Liquidação das Diferenças (PLD).
Trata-se de um valor referência que serve como base para a negociação dos contratos entre geradores e empresas consumidoras.
O PLD é calculado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Além disso, leva le em consideração a oferta e demanda de energia do mercado, além de fatores como preço dos combustíveis e disponibilidade de água.
Além disso, também importante entender que ele é determinado com base no Custo Marginal de Operação (CMO), considerando os limites mínimos e máximos para cada patamar de carga e cada submercado.
Os submercados, por sua vez, são definidos conforme a capacidade de transmissão de energia entre as determinadas regiões do País. . São eles: Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Cada um terá um PLD próprio.
Valores do PLD
Lembrando que o valor do PLD é variável, sendo atualizado constantemente conforme as variáveis que mencionadas. Porém, conforme estabelecido pela REN ANEEL 858/2019, ele está limitado por um piso (valor mínimo) e um teto (valor máximo), com validade de um ano.
Em 2024, por exemplo, a diretoria da Aneel aprovou o PLD mínimo em R$ 61,07/MWh e os valores máximos de R$ 716,8/MWh para o PLD estrutural e R$ 1.470,57/MWh para o PLD horário.
Por fim, vale pontuar que o preço da energia elétrica no MLE se define com base em contratos de compra e venda de energia elétrica. Esses acordos podem ser de curto prazo, com duração de um ano ou menos, ou de longo prazo, tendo duração de até 30 anos.
Concluindo: como os preços do MLE variam bastante ao longo do tempo, é essencial realizar uma gestão eficiente dos contratos de compra de energia elétrica. Este cuidado permite o aproveitamento de oportunidades de compra, evitando os momentos de alta dos preços.
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É verdade que é mais barato comprar energia no Mercado Livre de Energia?
Na grande maioria dos casos, o MLE é, sim, mais vantajoso para as empresas, sobretudo aquelas que possuem custos com energia acima de R$ 9 mil mensais.
A explicação é que, neste ambiente, existe a possibilidade de obter preços mais competitivos, já que as organizações podem negociar contratos com preços fixos ou variáveis, segundo suas necessidades e projeções.
Outro ponto importante é que o MLE oferece maior flexibilidade na gestão do consumo de energia e a liberdade de escolher as fontes mais adequadas. Assim, é possível optar pelas renováveis, como solar e eólica, gerando menos impactos ambientais.
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No tópico anterior, falamos sobre a vantagem que o MLE oferece de escolher a melhor fonte de energia para o seu negócio.
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