O Brasil é um dos países com mais elevado potencial hidrelétrico em todo mundo. Para se ter uma ideia, em 2021, quase 70% de toda energia produzida no país foi oriunda de barragens. Segundo dados divulgados pela União Nacional da Bioenergia (UDOP), é esperado que essa matriz predomine no território até 2030, representando até 58% da eletricidade.
Fatores como a grande extensão territorial, existência de grandes rios, mudanças de altitude e altos níveis de precipitação ajudam a explicar por que as hidrelétricas dominam a produção de energia no Brasil. Dentre as vantagens da hidreletricidade, está o fato de ser uma fonte renovável de energia, que não emitem poluentes para o ar, além de contribuir para o armazenamento de água potável, já coletam as águas das chuvas.
Em períodos de diminuição das chuvas e consequente redução no volume das hidrelétricas, as Pequenas Centrais Hidrelétricas, conhecidas como PCHs, surgem como uma alternativa, já que não necessitam de grandes reservatórios para produzir energia. Elas também são consideradas fontes renováveis de energia e podem contribuir para a matriz energética brasileira.
Mas, como de fato funciona uma Usina Hidrelétrica? Qual a diferença entre uma usina e uma Pequena Central Hidrelétrica? Entenda mais sobre o assunto neste novo texto que o time da Clarke preparou para você!
O que é uma PCH?
A PCH é uma usina hidrelétrica de menor porte, tanto em tamanho quanto em potência. Ela possui entre 5 e 30 megawatts (MW) de potência e uma área total de reservatório inferior a 13 km².
Dessa forma, as PCHs não necessitam estocar tanta água e representam uma alternativa diante dos períodos de muita seca no país. Também exigem uma estrutura menor se comparadas às grandes usinas. Por causa disso, são consideradas opções mais viáveis e sustentáveis, contribuindo para a descentralização da matriz energética brasileira.
Para saber todas as normas e diretrizes que regem as Pequenas Centrais Hidrelétricas no Brasil, confira a Resolução Normativa N° 745, de 22 de novembro de 2016, publicada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Como uma PCH gera energia?
O processo de funcionamento da PCH é bastante parecido com o das usinas hidrelétricas. Elas também devem ser construídas em rios com um alto volume de água e desníveis ao longo do percurso.
Na barragem desse rio, é construída uma barragem que tem como função represar a água para um reservatório. A água dos rios é, então, encaminhada até as turbinas que se movimentam com sua velocidade e força.
Por fim, a geração da energia acontece a partir da transformação do movimento das turbinas em eletricidade através de geradores.
Qual é a importância para o setor energético?
- Sustentabilidade: assim como as grandes usinas, as PCHs se diferenciam do petróleo e gás natural porque não emitem poluentes na natureza.
- Fontes renováveis: Elas produzem energia a partir da água, um recurso natural que se regenera de maneira rápida.
- Menores oscilações de preços: Por estarem disponíveis em abundância em território brasileiro, acabam por não sofrer oscilações do preço do mercado externo, como o gás natural.
Um outro ponto importante é que as PCHs também são uma alternativa diante da escassez de chuva, realidade que tomou conta da região central do Brasil em setembro por causa da onda de calor. Isso acontece porque elas dependem de um menor volume de água se comparadas às hidrelétricas.
Onde comprar energia das PCHs?
Atualmente, somente empresas que fazem parte do Mercado Livre de Energia (ACL) podem comprar energia das PCHs.
Dessa forma, diferentemente do Mercado Cativo, onde as empresas são “obrigadas” a comprar energia diretamente da distribuidora. Porém, no ACL, as empresas podem escolher o fornecedor. Isso amplia a concorrência e pode gerar uma economia de até 40% na conta de luz.
Falando nisso, a Clarke Energia é uma energytech que auxilia as empresas no processo de migração para o Mercado Livre de Energia. Além disso, também saímos em busca do fornecedor que oferece o melhor custo-benefício para nossos clientes e realizamos a gestão de energia.
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