Energia nuclear pode ter recorde de geração em 2025; entenda polêmica

A geração de energia nuclear esbarra em polêmicas relacionadas à segurança e sustentabilidade em meio a outras fontes de energia.

Uma projeção realizada pela Agência Internacional de Energia (AIE) indica que a energia nuclear representará 20% da produção global de eletricidade até final de 2025, que representa um recorde no setor.  Segundo a Agência, este crescimento é impulsionado, em partes, para suprir a demanda causada pela Inteligência Artificial (iA).

Segundo o levantamento da AIE, mais de 70 gigawatts (GW) de nova capacidade nuclear estão sendo construídos em todo o mundo. Mais de 40 países também já relataram que possuem em seus planos aumentar o papel da energia nuclear.

A expansão dessa fonte de energia, no entanto, divide opiniões em todo o mundo. As discussões, em sua maioria, revelam os impactos da geração nuclear no meio ambiente.

Países emergentes se destacam na produção nuclear

Atualmente, a China, Índia e Coreia do Sul estão crescendo a produção. Até o final de 2024, 63 reatores nucleares estão em produção no mundo. Dess total, 50% está em produção somente no país mais populoso do mundo.

Na Europa, países também estão retomando esta fonte de energia. É o caso da Alemanha, por exemplo, que havia fechado seus reatores nucleares e precisou voltar após a invasão da Rússia à Ucrânia. Nos últimos meses, o setor privado, com os gigantes da tecnologia Meta, Amazon, Microsoft e Google revelaram seus planos de investir em energia nuclear como parte de suas estratégias para alcançar a neutralidade carbônica.

Expansão nuclear causa polêmica em todo o mundo

Apesar do entusiasmo no setor, a expansão da geração nuclear gera questionamentos sobre adaptação e segurança de uma indústria comumente associada a desastres humanitários e ambientais. Como o acidente nuclear de Fukushima, onde o derretimento de três reatores da usina forçou a retirada de 160 mil pessoas que moravam nas imediações.

Henry Preston, da Associação Nuclear Mundial (WNA) é bastante otimista com o tema. Ele argumenta que existe atualmente um equilíbrio maior entre a segurança energética e a emergência climática, e que um reator nuclear tem o potencial de construir uma “enorme quantidade” de energia limpa.

Já grupos de ambientalistas argumentam que, além do riscos de desastres, as usinas nucleares levam anos para ser construídas e, dessa forma, podem não contribuir para as metas climáticas atuais.

E o Brasil na geração nuclear?

Atualmente, Brasil possui duas usinas nucleares em operação, Angra 1 e Angra 2. Elas se localizam na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), em Angra dos Reis, Costa Verde do Rio de Janeiro. A construção de Angra 3 se encontra pausada atualmente.

Apesar da geração nuclear ser relativamente baixa em comparação a outros países, o Brasil faz parte de um seleto grupo de apenas três países que têm reservas de minério, tecnologia de beneficiamento e usinas nucleares para produzir energia.

A energia nuclear é considerada limpa?

A energia nuclear é frequentemente considerada uma fonte de energia limpa sob a perspectiva das emissões de gases de efeito estufa. Isso porque, durante sua operação, as usinas nucleares não emitem dióxido de carbono (CO2) ou outros poluentes típicos das fontes fósseis, como carvão e petróleo. Portanto, em termos de emissões diretas, a energia nuclear contribui para a redução do impacto climático.

No entanto, o termo “limpa” é mais complexo quando analisamos outros fatores. A energia nuclear envolve riscos relacionados ao gerenciamento de resíduos radioativos e à segurança das usinas, que exigem cuidado rigoroso e soluções de longo prazo para evitar contaminações. Além disso, o processo de mineração de urânio, que é necessário para o combustível nuclear, também pode gerar impactos ambientais.

Portanto, embora a energia nuclear tenha uma pegada de carbono relativamente baixa durante a operação, não é considerada 100% limpa quando se considera o ciclo completo de vida, que inclui desde a extração do combustível até o gerenciamento de resíduos e a construção das usinas.

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