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Energia elétrica para condomínios: qual a melhor opção para economizar?

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A energia elétrica para condomínios é uma pauta bastante relevante para síndicos, gestores e administradores. Afinal, encontrar maneiras eficazes de reduzir esse custo é algo essencial para não só ajudar a diminuir as despesas dos moradores sem comprometer o seu conforto, mas também contribuir com a preservação do meio ambiente. 

E um dos caminhos possíveis para atingir esse objetivo é a partir da migração para o Mercado Livre de Energia (MLE). Neste artigo, vamos abordar essa questão com mais profundidade. 

Contexto: como está o consumo de energia elétrica para condomínios brasileiros?

Nos últimos anos, o consumo de energia para condomínios residenciais tem crescido consideravelmente devido ao aumento na construção de prédios e ao uso intensivo de uma série de aparelhos tecnológicos, sobretudo eletrodomésticos. 

Segundo um estudo da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO), o consumo energético em edifícios residenciais aumentou aproximadamente 5% ao ano até 2022. 

O ar-condicionado é um dos maiores responsáveis por esse alto consumo de energia. Em algumas cidades brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, o uso desse sistema em horários de pico pode representar até 40% do consumo total de eletricidade em um condomínio residencial, de acordo com a Eletrobras e o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL)

Quais são as vantagens do Mercado Livre de Energia para os condomínios? 

Da mesma forma que outros tipos de empresas, os condomínios são candidatos importantes para realizarem a migração para o MLE.

Neste ambiente de livre negociação, os empreendimentos podem encontrar uma série de benefícios interessantes, que afetam diretamente a realidade dos moradores. Entre eles, estão: 

Redução de custos com energia elétrica para condomínios

No MLE, os condomínios conseguem negociar diretamente com os fornecedores, obtendo preços mais competitivos em relação às tarifas do Mercado Cativo. A economia pode chegar a 30%, o que representa uma diminuição significativa nas contas de luz das áreas comuns, como elevadores, iluminação e piscinas. 

Maior previsibilidade de preços

Ao realizar essa migração, a empresa pode fechar contratos de longo prazo com condições pré-estabelecidas, garantindo valores estáveis por um período determinado. Isso facilita o planejamento orçamentário e financeiro de todos os envolvidos. 

Flexibilidade na escolha de fornecedores de energia elétrica para condomínios

Outra vantagem bastante interessante do MLE é a possibilidade de escolher entre diferentes fornecedores e opções de contrato, negociando todos os pontos para que as necessidades do condomínio sejam atendidas. Inclusive, há uma maior facilidade de optar por energias renováveis, alinhando-se às práticas sustentáveis. 

Gerenciamento inteligente de consumo

Esse ambiente também permite que a empresa utilize sistemas de monitoramento que ajudam a identificar áreas de desperdício, otimizando o uso da eletricidade. 

Valorização dos imóveis

Condomínios que estão no MLE conseguem adotar medidas de sustentabilidade que podem ser atrativas para novos moradores ou investidores, uma vez que oferecem custos operacionais menores e uma postura alinhada com as questões ambientais cada vez mais valorizadas no mercado como um todo.

Acesso a inovações tecnológicas de energia elétrica para condomínios

Por fim, ao realizarem a sua migração, os empreendimentos conseguem utilizar recursos voltados para a eficiência energética, como iluminação inteligente, sistemas automatizados de controle de energia e monitoramento em tempo real do consumo, que contribuem para gerar ainda mais economia.

Estes são alguns dos principais pontos que podem ser considerados por síndicos, gestores e administradores para que possam atingir a meta de economizar mais com os custos de energia elétrica de um condomínio. 

E quais são as exigências para participar do Mercado Livre de Energia?

Desde janeiro de 2024, o MLE foi aberto para todas as empresas de pequeno e médio porte conectadas em média e alta tensão, também conhecidas como Grupo A.

A decisão aconteceu graças à publicação da Portaria nº 50, de setembro de 2022, pelo Ministério de Minas e Energia. 

Além disso, para participar, os consumidores, incluindo condomínios e empresas, precisam atender a uma série de requisitos técnicos, contratuais e regulatórios. As principais exigências para aderir a esse mercado incluem: 

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Perfil de consumo

Existem dois tipos principais de consumidores que podem fazer essa transição, com exigências diferentes em relação à demanda contratada:

  • Consumidor Livre: deve ter demanda mínima de 500 kW, podendo escolher qualquer fonte de energia (convencional ou incentivada) e negociar diretamente com os geradores e comercializadores de energia; 
  • Consumidor Especial: deve ter demanda contratada de até 500 kW, só podem adquirir energia de fontes incentivadas, como eólica, solar, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que oferecem benefícios fiscais, como a redução de encargos.

Adequação da medição

Os consumidores no MLE precisam ter sistemas de medição específicos, conhecidos como Sistema de Medição para Faturamento (SMF), que atendam às normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Este permite o monitoramento em tempo real do consumo de energia, garantindo que os dados de uso sejam transparentes e precisos.

Contrato de Uso do Sistema de Distribuição (CUSD)

A explicação é que, mesmo no Mercado Livre, os consumidores de energia elétrica para condomínios continuam utilizando a infraestrutura de distribuição de energia. Para isso, é necessário ajustar o Contrato de Uso do Sistema de Distribuição (CUSD) com a distribuidora local para CUSD Livre, garantindo o uso da rede elétrica para transportar a energia contratada.

Adesão à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)

Todos os participantes desse ambiente devem se registrar na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A CCEE é responsável por operacionalizar o mercado, registrando os contratos e contabilizando as transações de energia.

Adequação regulatória

Por fim, os consumidores de energia elétrica para condomínios que desejam participar do Mercado Livre devem seguir as regulamentações estabelecidas pela ANEEL e pela CCEE, garantindo que todas as operações sejam realizadas dentro dos parâmetros legais.

Como essas demandas podem constituir um desafio para empresas que não possuem experiência no mercado de energia, o melhor caminho é apostar em uma gestora especializada para garantir que esse processo seja feito dentro das conformidades.

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Maria Beatriz Pacheco

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