A energia elétrica é um insumo essencial para o agronegócio e suas operações, desde a irrigação até a refrigeração e armazenamento de produtos perecíveis em silos e frigoríficos. Diante disso e da crescente competitividade no setor, os produtores vêm buscando alternativas para aumentar a eficiência energética nas propriedades rurais e reduzir os custos com energia.
A maneira como a energia é adquiria e utilizada pode representar um grande diferencial estratégico para esse tipo de negócio, afinal, a adoção de soluções energéticas eficientes e sustentáveis reduz os custos operacionais e contribui para o aumento da rentabilidade do negócio — além de garantir a conformidade com as diretrizes ambientais.
Aqui neste artigo, você vai entender como a energia pode ser usada como um diferencial estratégico para grandes propriedades rurais e como a migração para o Mercado Livre de Energia pode contribuir para isso. Acompanhe!
O uso estratégico de energias renováveis pela agroindústria
O agronegócio é um dos setores que mais consomem energia elétrica no Brasil. Isso porque esse tipo de negócio tem diversas atividades que dependem de eletricidade, como irrigação, beneficiamento, armazenamento e refrigeração. Diante desse contexto e de um mercado consumidor cada vez mais exigente em relação à conformidade com as melhores práticas ambientais, a adoção de fontes renováveis de energia tem se tornado uma estratégia cada vez mais procurada pelos empresários do setor.
A energia solar, a eólica e a biomassa são algumas das soluções mais adotadas, pois permitem que os produtores diminuam a sua dependência do sistema convencional e ainda minimizem os custos com energia no longo prazo.
Além disso, o uso de energia de fontes renováveis auxilia na redução da pegada de carbono do setor, já que diminui a emissão de gases do efeito estufa.
As múltiplas funções das fontes renováveis nas fazendas
Em uma fazenda, as fontes de energia renováveis têm funções que vão além da geração de energia elétrica para o maquinário. A biomassa, por exemplo, pode ser aproveitada para o aquecimento, enquanto a energia solar pode ser usar na eletrificação de cercas e na irrigação.
Além disso, o agronegócio está cada vez mais alinhado com as diretrizes de ESG — sigla para Environmental, Social and Governance —, e a incorporação de fontes limpas é um grande diferencial para chamar atenção de investidores e consumidores que valorizam a sustentabilidade, além de ajudar na captação de recursos financeiros e incentivos fiscais junto ao governo.
Eficiência energética no agronegócio
A busca pela eficiência energética consiste na otimização do consumo de energia para reduzir desperdícios e custos e, ao mesmo tempo, maximizar a produtividade — o que é essencial para tornar as empresas rurais mas competitivas e alinhadas com as expectativas do mercado.
Ao investir em equipamentos modernos, automação de processos e monitoramento do consumo, as empresas conseguem reduzir significativamente os gastos sem comprometer a produção e a qualidade.
Simulador do Mercado Livre de Energia
Mercado Livre de Energia: como ele pode ser mais estratégico para o agro
A migração para o Mercado Livre de Energia permite que os produtores rurais escolham os seus fornecedores e negociem contratos de fornecimento elétrico a preços mais vantajosos, com contratos personalizados e mais flexíveis. Para o agronegócio, essa possibilidade representa um ganho estratégico, pois reduz custos e aumenta a previsibilidade sobre o orçamento.
Como fazer planejamento energético no Mercado Livre de Energia
Para que a migração para o Ambiente de Contratação Livre (ACL) seja vantajosa, o planejamento estratégico para o Mercado Livre de Energia deve considerar diversos fatores. Esses são os principais pontos de atenção:
- análise do consumo e demanda: é preciso entender o perfil do consumo da propriedade ao longo do ano para evitar desperdícios ou insuficiência no fornecimento — o uso de sistemas de medição inteligente pode ajudar nesse passo;
- escolha de fornecedores confiáveis: a seleção de fornecedores dentro do ACL deve levar em conta a solidez financeira da empresa, sua reputação no mercado e as condições contratuais oferecidas. Buscar parceiros que ofereçam energia de fontes renováveis também pode ser uma vantagem competitiva;
- definição de contratos: o contrato de compra de energia deve ser estruturado para atender à sazonalidade do agronegócio. o mais interessante para o setor é ter contratos flexíveis, que permitam ajustar a energia contratada conforme a necessidade;
- gestão de riscos e precificação: o Mercado Livre de Energia oferece diversas opções tarifárias e estratégias de precificação, e monitorar o mercado ajuda na tomada de decisão para encontrar preços mais vantajosos;
- uso de energias renováveis: além de adquirir energia de fontes limpas no ACL, as fazendas podem investir na geração própria e negociar o excedente no Mercado Livre de Energia.
Estratégias para otimizar a gestão de energia
A gestão eficiente de energia deve envolver algumas práticas. Conheça as mais utilizadas!
Ajuste de demanda
É preciso garantir que o volume de energia contratado seja suficiente para suprir as necessidades do negócio sem gerar desperdício. Esse ajuste evita custos extras e reduz o risco de multas por ultrapassagem de demanda.
Monitoramento do consumo
O uso de sistemas inteligentes permite identificar desperdícios e oportunidades de economia. Para isso são utilizados softwares de gestão energética, que possibilitam visualizar padrões de consumo e oferecem informações para que os gestores antecipem medidas de otimização.
Treinamento da equipe
Um dos pontos fundamentais para a eficiência energética é a capacitação dos funcionários da fazenda. Práticas simples, como desligar os equipamentos que não estão em uso e a programação de manutenções periódicas, podem gerar grande economia.
Armazenamento de energia
Algumas tecnologias de baterias podem ser adotadas para armazenar energia gerada durante períodos de baixa demanda, quando as tarifas estão mais baixas. Essa energia pode ser usada posteriormente, quando a demanda de consumo for maior. Essa prática reduz os custos com tarifas elevadas em horários de pico.
Boas práticas para evitar prejuízos
A adoção de algumas práticas, como a avaliação periódica dos contratos de energia para renegociar preços sempre que necessário, também ajudam a empresa a evitar prejuízos na compra de energia. Outros exemplos são o investimento em automação e consumo planejado conforme a sazonalidade do negócio.
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