A adoção de práticas mais eficientes de consumo de energia é tendência no mundo inteiro, estimulada pela preocupação ambiental e economia. Neste cenário, o Mercado Livre de Energia (ACL) tem se mostrado uma solução para reduzir custos com energia sem prejudicar o meio ambiente.
Uma pesquisa divulgada pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) mostrou que, até o fim de 2025, mais de 35 mil empresas devem finalizar o processo de migração. Esse dado demonstra a relevância que o ACL tem desenvolvido.
No texto de hoje, você vai aprender como a adesão ao Mercado Livre de Energia pode gerar economia significativa para empresas e consumidores, bem como suas outras vantagens e riscos. Boa leitura!
Por que o Mercado Livre ajuda a reduzir os custos com energia?
No Mercado Livre de Energia, é possível firmar contratos longos com preços fixos. Isso possibilita ao consumidor se “proteger” da volatilidade de preços ao longo dos anos, além de garantir maior previsibilidade ao longo dos anos. Os consumidores livres também estão isentos de cobranças de bandeiras tarifárias
Com a liberdade de escolha e concorrência, as empresas também conseguem sair em busca de fornecedores com prazos e condições específicas, proporcionando tarifas mais competitivas e contratos mais adequados para a sua realidade.
Por fim, no Mercado Livre de Energia, o investimento em infraestrutura é nulo em boa parte dos casos. Nessa modalidade de contratação, é possível adquirir energia limpa a preços baixos, sem a necessidade de instalação dos painéis solares.
Por que cada vez mais empresas buscam o Mercado Livre de Energia?
Dados da Abraceel mostram que o ACL é responsável por mais de 36% de toda a energia consumida no Brasil. Cada vez mais empresas estão migrando justamente pela redução de custos que ele oferece frente ao Mercado Cativo.
Confira abaixo alguns fatores que explicam essa economia de até 40% na conta de luz:
- Livre negociação: partindo do princípio de que existe concorrência, os agentes vendedores de energia oferecem preços competitivos, que beneficiam o consumidor.
- Estratégias personalizadas: para potencializar os resultados, muitas empresas saem em busca de contratos adequados a sua realidade de consumo e condições de pagamento.
- Previbilidade orçamentária: Enquanto que os reajustes das distribuidoras são imprevisíveis, no Mercado Livre de Energia, a indexação dos contratos de compra de energia são indexados à inflação e permitem maior flexibilidade.
- Energia limpa: nele, é possível contratar energia renovável sem custo adicional e sem a necessidade de instalar painéis solares. Para se ter uma ideia, cerca de 40% das contratantes optam por energia solar ou eólica, alinhando a economia a práticas ESG.
- Estimulo à inovação e eficiência: como existe competição entre as empresas, isso acaba por estimular a inovação e o aprimoramento entre as comercializadoras.
Como comprar energia mais barata no Mercado Livre de Energia?
O ACL é ainda mais vantajoso para empresas que seguirem o passo a passo, acompanhado de estratégias de compra:
- Avalie se a sua empresa pode realizar a migração: apenas empresas do grupo A de energia podem escolher o próprio fornecedor;
- Realize a migração: conte com um suporte de uma gestora para migrar;
- Compare ofertas: realize a cotação com vários fornecedores e escolha aquele com o melhor custo-benefício para a sua realidade;
- Realize a gestão: avalie a fatura mensal e consumo de energia, sempre em busca de novas oportunidades de economia.
Como funciona o Mercado Livre de Energia?
Ele consiste em uma modalidade de contratação de energia onde o consumidor tem a liberdade de negociar diretamente com o fornecedor condições como preço, prazo e tipo de energia a ser contratada. Ou seja, as empresas consumidoras podem entrar em contato com mais de 300 empresas para descobrir aquela que melhor atende às suas necessidades atuais.
Enquanto no mercado cativo de energia os serviços são comercializados apenas da distribuidora de energia local, no Mercado Livre de Energia (MLE), a rede elétrica que transporta a energia consumida será provida pela concessionária que atende a região dos clientes.
Por que o acompanhamento do consumo é importante?
De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a indústria brasileira responde por mais de 30% do consumo final de energia no país.
Ou seja: trata-se de um setor com alto gasto energético devido às características específicas dos seus processos produtivos, que contam com maquinários pesados e produções constantes.
Esse fato faz com que o acompanhamento do consumo de energia nessas companhias seja ainda mais relevante, impactando diretamente na eficiência operacional, na sustentabilidade e na sobrevivência desses negócios no mercado.
Ao ter esse cuidado de forma constante, as companhias conseguem garantir:
- identificação de desperdícios e ineficiências, adotando medidas corretivas;
- detecção de anomalias, percebendo falhas ou problemas nos equipamentos antes que eles se tornem críticos;
- otimização das operações, ajustando processos e horários de funcionamento para aproveitar tarifas diferenciadas;
- ajustes operacionais para que a energia seja usada da forma mais eficaz possível;
- controle maior de custos, facilitando a organização financeira e orçamentária;
- planejamento de investimentos em eficiência energética e tecnologias renováveis;
- segurança operacional para todos os envolvidos;
- redução da emissão de gases do efeito estufa e promoção de práticas mais sustentáveis;
- cumprimento de regulamentações ambientais e normas de sustentabilidade, prevenindo penalidades e melhorando a imagem corporativa;
- ajustes nas estratégias de compra e adaptação mais flexível às flutuações dos preços do mercado.
A boa notícia é que, atualmente, existem diversas ferramentas que contribuem para que esse acompanhamento e gerenciamento de energia sejam feitos de forma prática e efetiva. Elas são exemplos de tecnologia para reduzir conta de luz.
Principais tecnologias para reduzir a conta de luz?
Conforme citado, hoje em dia, é possível aproveitar as inovações tecnológicas disponíveis para investir em soluções que contribuem, e muito, com a redução dos gastos com energia elétrica em diferentes tipos de empresa.
Confira algumas dessas ferramentas disponíveis no mercado e que são interessantes para os ambientes industriais:
Tecnologia de iluminação eficiente
Extremamente práticos e eficientes, os sensores de movimento funcionam em qualquer tipo de lâmpada e ambiente, evitando que as luzes fiquem acesas sem necessidades. Podem ser instalados principalmente em áreas externas, já que são os lugares onde é mais comum esquecer de desligar o interruptor.
Também é possível substituir as lâmpadas incandescentes ou fluorescentes por LEDS, que possuem menor consumo de energia e maior durabilidade.
Tomadas inteligentes
Essa nova tecnologia é controlada pelo celular por meio de aplicativos, onde existe a opção de colocar um timer para definir o momento em que as tomadas devem ligar e desligar, prevenindo gastos extras.
Ar-condicionado inteligente
Atualmente, alguns modelos seguem a mesma ideia das tomadas inteligentes. Assim, basta programá-los para que liguem e desliguem em horários determinados pelos usuários.
Também há aqueles com um tipo específico de configuração que elimina a necessidade da corrente de ar frio para chegar à temperatura desejada.
Tecnologia para reduzir conta de luz: Sistemas de recuperação de calor
A maioria das indústrias pode utilizar equipamentos específicos para recuperar e reutilizar o calor residual de processos industriais para aquecimento de água ou outros fluídos.
Outra possibilidade é a geração simultânea de eletricidade e calor a partir de uma única fonte de energia utilizando sistemas de cogeração.
Baterias e Sistemas de Armazenamento
Implementação de sistemas para guardar energia durante períodos de baixa demanda e usá-la nosa nos picos de consumo.
Qualquer que seja a saída escolhida, o mais importante é que a empresa faça uma análise detalhada das opções disponíveis no mercado e escolha aquelas que realmente façam a diferença para reduzir as contas de luz.
Outro caminho bastante utilizado pela maioria dos negócios é a migração para o Mercado Livre de Energia (MLE). A sua companhia já considerou essa opção?
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