O impacto das bandeiras tarifárias nas empresas

Entender como o sistema de bandeiras tarifárias e seu impacto em empresas funciona é um ponto essencial para empresas
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Entender como o sistema de bandeiras tarifárias e seu impacto em empresas funciona é um ponto essencial para que essas empresas possam tomar decisões mais estratégicas no consumo de energia. Afinal, as bandeiras tarifárias funcionam como uma espécie de “semáforo”, refletindo as condições de geração de energia. E, desta forma, ajudam a dar previsibilidade ao consumidor sobre possíveis aumentos no valor da conta de luz. 

Elas foram criadas pela Aneel em janeiro de 2025, com o intuito de facilitar a compreensão de como as variações no custo de geração impactam diretamente o valor do KWh. Elas são definidas, principalmente, com base no nível dos reservatório das hidrelétricas.

No texto de hoje, você vai saber um pouco mais sobre o impacto das bandeiras tarifárias na conta de luz das empresas. Boa leitura!

Como as bandeiras tarifárias influenciam no preço da conta de luz para as empresas?

Diferente do que muitas pessoas possam pensar, as bandeiras tarifárias possuem, sim, impacto no preço da conta de luz para os consumidores do Grupo A, que são clientes de alta tensão, como indústrias e comércios. 

Assim, esse mecanismo entra como um ajuste adicional no preço da energia consumida, dependendo da bandeira acionada.  Lembrando que o valor é calculado com base no custo extra de geração de energia devido principalmente às condições climáticas, como a seca.  

No caso das indústrias 24 horas por dia, é importante entender que as bandeiras tarifárias, conforme citado anteriormente, são aplicadas mensalmente. Dessa forma, elas afetam o custo da energia durante todo o período do mês em que estão em vigor. 

Isso significa que, independentemente do horário em que uma companhia consome energia, o custo adicional associado a esse sistema será refletido na fatura. Também vale citar que o preço da energia em função das bandeiras não varia com base no horário do consumo. Portanto, ainda que a indústria opere 24 horas por dia, o valor se aplica igualmente a todo o consumo, sem diferenciação. 

E as empresas que estão no Mercado Livre de Energia?

Empresas que atuam no mercado livre de energia (ACL) não estão sujeitas diretamente ao sistema de bandeiras tarifárias, que é aplicado apenas ao mercado cativo — aquele em que os consumidores compram energia das distribuidoras locais. Mas, isso não significa que essas empresas estão totalmente aos efeitos das bandeiras, sobretudo aquelas que ainda não finalizaram o processo de migração e nem contrataram energia com os fornecedores.

Quando as bandeiras tarifárias são acionadas, o sinal que o mercado recebe é de que há uma pressão de custo no sistema elétrico nacional, normalmente causada por maior acionamento de usinas térmicas, que são mais caras. Esse cenário afeta os preços de curto prazo da energia no mercado de liquidação (PLD), além de impactar as estratégias de comercialização, especialmente para empresas que optam por contratos indexados a esses preços ou que atuam com exposição ao mercado spot.

Portanto, mesmo fora da obrigatoriedade das bandeiras, empresas no ACL precisam estar atentas à conjuntura energética e aos sinais do sistema, como o acionamento das bandeiras tarifárias, pois isso pode influenciar suas decisões de compra, de gestão de risco e até de renegociação contratual. Uma estratégia de contratação bem estruturada e o monitoramento constante do cenário energético são fundamentais para proteger o orçamento e manter a previsibilidade nos custos com energia.

E quais são os impactos das bandeiras tarifárias para quem possui energia solar?

Empresas que investiram em sistemas de energia solar fotovoltaica, conseguem mitigar significativamente os impactos das bandeiras tarifárias na conta de luz.  No entanto, é importante destacar que o impacto não é totalmente eliminado.

Em alguns casos — dependendo do modelo de compensação adotado, do tipo de consumidor e das regras da distribuidora local — ainda pode haver cobrança parcial de encargos, como o custo de disponibilidade ou o uso da rede (TUSD). Além disso, nos horários em que a geração solar não supre completamente o consumo (como à noite ou em dias nublados), a empresa volta a consumir da rede e pode ser afetada pelas bandeiras.

É possível diminuir o impacto das bandeiras tarifárias nas contas de luz de grandes consumidores?

A resposta é sim! Existem estratégias para reduzir o impacto que o sistema das bandeiras tarifárias possui nos gastos com energia elétrica, diminuindo esse alto consumo. 

Algumas abordagens que são bastante eficientes nesses cenários são: 

  • realizar auditorias energéticas para identificar áreas onde é possível reduzir o consumo de energia; 
  • investir em equipamentos e tecnologias mais eficientes e garantir que todos eles estejam sempre em boas condições de funcionamento para evitar desperdícios; 
  • apostar em fontes renováveis, como solar ou eólica, para reduzir a dependência das fontes não renováveis; 
  • utilizar geradores para fornecer energia durante períodos críticos ou quando as bandeiras tarifárias são desfavoráveis; 
  • contratar tecnologias de armazenamento de energia, como baterias, para guardá-la durante períodos de menor custo e utilizá-la naqueles de alta tarifa;
  • monitorar e analisar o consumo energético regularmente para identificar padrões e oportunidades de redução; 
  • revisar e negociar contratos com fornecedores para obter condições mais favoráveis.

Ao aplicar essas estratégias, as indústrias podem reduzir o impacto financeiro das bandeiras tarifárias e tornar seu consumo de energia mais eficiente e econômico.

Quais são as vantagens do Mercado Livre de Energia para empresas que desejam reduzir os impactos das bandeiras tarifárias?

No tópico anterior, citamos algumas iniciativas que as empresas podem apostar para diminuir a influência que as bandeiras tarifárias possuem nas contas de luz. 

Além dessas estratégias, existe a possibilidade de os negócios eliminarem completamente esse custo extra ao realizarem a migração para o Mercado Livre de Energia (MLE). 

No ambiente de contratação livre, as bandeiras não se aplicam, já que este mercado opera com uma estrutura de preços e contratos diferentes do mercado regulado. 

Assim, a liberdade de negociação permite que as indústrias firmem acordos que podem incluir preços fixos ou ajustes que não são afetados pelas mudanças na geração de energia no território brasileiro. 

Esse contexto permite que as companhias tenham mais controle e previsibilidade em relação aos seus gastos com energia, o que garante um planejamento mais seguro dos custos operacionais e decisões mais assertivas em relação a investimentos futuros. 

Outro benefício é que as empresas no MLE frequentemente utilizam sistemas avançados de gerenciamento de energia que permitem o monitoramento em tempo real e a análise do consumo. Isso pode levar a uma gestão mais eficiente e ao desenvolvimento de estratégias para garantir a eficiência energética

O que são as bandeiras tarifárias?

Resumidamente, trata-se de um mecanismo utilizado no Brasil para sinalizar e refletir o custo da geração de energia elétrica.

Essas bandeiras foram introduzidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para cobrir custos adicionais com a produção energética que podem surgir devido a condições adversas, como períodos de secas, que afetam a capacidade das hidrelétricas. 

O sistema é composto basicamente por três cores, cada uma representando um nível diferente de custo de geração. São elas: 

  1. Bandeira Verde: indica que não há custo adicional na tarifa, ou seja, a geração de energia está dentro do esperado e não há necessidade de cobrança extra; 
  2. Bandeira Amarela: aponta que há um custo adicional na tarifa devido ao uso de usinas térmicas, que são mais caras que as hidrelétricas. Nesse caso, o acréscimo na conta de energia é moderado; 
  3. Bandeira Vermelha: esta bandeira tem dois patamares (vermelha 1 e vermelha 2) e representa um custo adicional mais alto devido à necessidade de acionar usinas térmicas em maior quantidade, especialmente quando a oferta de água é baixa.

Esses parâmetros são aplicados e divulgados mensalmente, permitindo que os consumidores saibam o impacto que eles terão na conta de luz. 

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