MRE (Mecanismo de Realocação de Energia)

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MRE (Mecanismo de Realocação de Energia):

Processo comercial no qual os geradores de energia compartilham os riscos hidrológicos associados ao despacho centralizado das usinas pelo ONS, como um “seguro” para as hidrelétricas contra a falta de chuvas.

Como funciona?

Todas as hidrelétricas que participam do Mecanismo se comprometem a gerar uma certa quantidade de energia (Garantia Física). Se, por falta de chuvas, uma hidrelétrica não conseguir gerar toda a sua Garantia Física, as outras hidrelétricas do MRE “emprestam” energia para ela, cobrindo o déficit. Em troca, a hidrelétrica que recebeu ajuda paga uma compensação financeira às outras.

Exemplo Prático:

Imagine que a hidrelétrica “Rio Azul” tem uma Garantia Física de 1000 MWh por mês. Em um determinado mês, devido a uma seca severa, a “Rio Azul” só consegue gerar 800 MWh.

Como o MRE ajuda:

  • Déficit: A “Rio Azul” tem um déficit de 200 MWh.
  • Realocação: As outras hidrelétricas do MRE, que estão com níveis de reservatório mais altos, geram energia extra para cobrir o déficit da “Rio Azul”.
  • Compensação: A “Rio Azul” paga uma compensação financeira para as hidrelétricas que a ajudaram, calculada com base no preço da energia no mercado de curto prazo.

Benefícios do MRE:

  • Segurança Energética: O MRE garante o fornecimento de energia mesmo em períodos de seca, evitando apagões e racionamentos.
  • Redução de Riscos: O MRE reduz os riscos financeiros das hidrelétricas em caso de eventos hidrológicos adversos.
  • Otimização do Sistema: O MRE permite que o Operador Nacional do Sistema (ONS) utilize a energia de forma mais eficiente, despachando as usinas com maior disponibilidade hídrica.

Desafios do MRE:

  • Custos: O MRE pode gerar custos adicionais para as hidrelétricas, que precisam pagar a compensação financeira em caso de déficit de geração.
  • Complexidade: O MRE é um mecanismo complexo, com regras e cálculos que podem ser difíceis de entender.

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Diogo Uzeda

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