Rastreabilidade elétrica: de onde vem a energia que consumimos

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Por Luísa Zefredo, colunista da Clarke

No Brasil, para que a energia gerada nas usinas chegue até sua casa ou empresa, ela percorre o SIN, o sistema interligado nacional, um sistema elétrico que conecta todas as regiões do Brasil, permitindo a geração, transmissão e distribuição de energia de forma integrada.  E, falando nisso, o assunto do texto de hoje é rastreabilidade elétrica.

Rastreabilidade elétrica: Como funciona o SIN?

Uma boa analogia para entender o funcionamento do SIN é imaginar que ele se assemelha a um rio que recebe água de diversos afluentes diferentes. Digamos que em um determinado ponto do rio há uma canalização que leva água até sua casa, como as águas desses diferentes afluentes se misturam, fica impossível identificar de qual rio veio a molécula de água que você está utilizando, certo?

Com a energia, a situação é praticamente a mesma. Ainda que você tenha um contrato de energia firmado com a distribuidora ou, caso esteja no mercado livre, com uma comercializadora ou geradora, não é possível garantir que a energia que está abastecendo sua casa ou empresa é proveniente de uma determinada usina.

É por conta disso que comumente falamos que o mercado de energia é dividido em um “mundo físico” e um “mundo contratual”, em outras palavras, no mundo físico a energia é gerada, transmitida e distribuída até o ponto de consumo. Já no mundo contratual, o consumidor possui contratos com a distribuidora e com o seu fornecedor de energia, podendo este ser a própria distribuidora caso ele esteja no ambiente regulado, também conhecido como mercado cativo.

A partir deste contexto, surge a pergunta: seria possível rastrear a energia elétrica para atestar que um determinado consumidor está consumindo uma fonte específica de energia? Como exemplo, clientes que optam por contratar energia de fontes incentivadas podem garantir que estão, de fato, consumindo dessa fonte e não de fontes convencionais?

Você já ouviu falar no certificado I-REC?

Uma solução para evidenciar o comprometimento com fontes renováveis é o certificado internacional de energia renovável (I-REC), um sistema global que permite às empresas comprovarem seus investimentos em energia incentivada, mesmo que a energia fisicamente consumida seja proveniente do “mix” de fontes injetadas no SIN.

No Brasil contamos com o Instituto Totum, emissora local dos I-RECs, responsável por certificar e auditar os empreendimentos interessados em emitir os títulos. Uma vez registrados, esses certificados podem ser transferidos e comercializados, sendo aposentados no nome do consumidor final.

Cada I-REC corresponde a 1 MWh de energia renovável injetada no sistema elétrico e o seu custo varia de acordo com a fonte associada, podendo oscilar entre 1 a 3 R$/MWh. Como exemplo, caso sua empresa tenha uma conta de luz em torno de R$ 20 mil reais mensais, um consumo de aproximadamente 30.000 kWh (equivalentes a 30 MWh) e adquira I-RECs no valor de 2,00 R$/MWh, em um ano você gastará R$ 720 com a certificação. Um investimento considerado pequeno comparado aos benefícios oferecidos.

Ao adquirir I-RECs, as empresas recebem declarações detalhadas de rastreabilidade das transações, incluindo informações sobre a data da transação, total de MWh, empreendimento gerador, país de origem, tipo de fonte de energia e outros atributos vinculados.

De acordo com o Instituto Totum, de janeiro a abril de 2023 foram emitidos mais de 19 milhões de certificados no Brasil. Como comparativo, a China totalizou 17 milhões no mesmo período. Já em 2022, foram 22 milhões de I-RECs negociados no país, o dobro do volume transacionado no ano anterior.

Além de contribuir para a redução da pegada de carbono, os I-RECs oferecem uma contabilização confiável para emissões de carbono do Escopo 2, relacionadas ao consumo de energia elétrica.

O aumento do interesse nos I-RECs, evidenciado pelo crescimento nas transações, reflete a busca crescente por redução da pegada de carbono. Essa demanda não está limitada a grandes corporações, empresas de todos os tamanhos podem participar desse movimento, impulsionando o mercado de energia renovável, contribuindo assim para a construção de um setor econômico mais sustentável e alinhado aos objetivos globais de desenvolvimento.

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